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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Lula é do Povo

Lula diz que não o derrubaram, porque era a encarnação do povo na rua
O presidente Lula visitou as obras da Hidrelétrica de Estreito, no Maranhão. A usina, uma obra do PAC que criou 22 mil empregos no pico das obras, está com 92,5% das obras realizadas e prevê entrar em operação em abril de 2011. A dato de hoje foi marcada pelo início do enchimento do lago.
A usina contará com potência instalada de 1.087 MW e 641,8 MW médios de energia, para o desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste, conforme disse no discurso:
"... Nós não queremos tirar nada do Sudeste, nós queremos que São Paulo continue crescendo, que o Rio de Janeiro continue crescendo, que o Sul continue crescendo, mas nós achamos que o século XXI é a vez do Nordeste e do Norte deste país começar a crescer".
Durante a visita, o Presidente lembrou o papel da presidenta eleita, Dilma Rousseff:
"... É importante que a gente saia daqui convencido de que essa obra só foi possível ser feita por causa de uma mulher chamada Dilma Rousseff, que mudou o marco regulatório da questão energética do país. Tudo o que eu espero é que ela faça mais e melhor do que eu fiz, porque ela me ajudou a construir o que eu construir, ela sabe como fazer e ela conhece o País como pouca gente conhece."
E lembrou ser preciso que os moradores que vivem na região e dependem da agricultura possam continuar trabalhando e tirando sua riqueza do solo: “Uma hidrelétrica tem de trazer beneficio para todos, mas, sobretudo, atender àqueles que estavam aqui antes da hidrelétrica chegar”.

Não é o Lula que está na Presidência. É a classe trabalhadora brasileira.
O Presidente fez uma pequena retrospectiva de seu governo. Fez um paralelo com outros presidentes, como Getúlio Vargas, que se suicidou, e João Goulart, que foi derrubado pelo golpe militar em 1964, ao lembrar da crise política que enfrentou em 2005, diante das denúncias do dito "mensalão":
“Pensei: O que vão fazer comigo”, indagou. “Eles tentaram em 2005, mas não sabiam que esse presidente era a encarnação do povo na rua. Esse país teve presidente que se matou, que foi cassado. Conversei com [José] Sarney na época. E disse que eles vão saber que não é o Lula que está na Presidência. É a classe trabalhadora brasileira”, completou.
Lula disse que deixará a Presidência “com a cabeça tão erguida ou mais erguida” do que subiu. “Duvido que tenha presidente que tenha tido relação tão republicana como eu tive com governadores e prefeitos. Nunca perguntei a que partido pertenciam. Se tinham direitos, a gente repassava as coisas que tinha de repassar”.

fonte: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com e Agência Brasil.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Coletivo LGBTT em Bauru

SUBSEDE LANÇA COLETIVO LGBTT
"Atuação sindical com recorte LGBTT é principal meta"

Às dezenove horas da última sexta-feira (19), dirigentes sindicais, Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação Bauru pela Diversidade (ABD) lançaram o Coletivo Regional de Trabalhadores LGBTT.
Marcos Freire, do Coletivo Estadual, participou da Plenária e falou dos desafios enfrentados para a consolidação dos Coletivos. "A dificuldade de construir este coletivo está presente em todo o Estado. São iniciativas como esta que impulsionam o crescimento do grupo e do debate e dão visibilidade à esta pauta dentro e fora da nossa Central", avaliou Freire. O CUTista falou ainda de desafios a serem enfrentados pelo novo Coletivo como a luta pela aprovação do PL 122 que propõe a criminalização da homofobia e a superação de uma realidade em que dezenas de direitos constitucionais são negadas aos homossexuais.
Bem humorado, o Coordenador da Subsede da CUT, companheiro Chicão, brincou com os "Marquinhos" presentes na mesa. Eram três. Marcos Rodrigues Alves, dirigente do Sinergia/CUT que coordenará o Coletivo Regional, Marcos de Souza, representante da ABD e Marcos Freire, do Coletivo Estadual. "Não corro risco de esquecer nomes. Basta dizer Marquinhos", brincou o sindicalista. Além dos "Marquinhos", participaram da Mesa o advogado e coordenador da Comissão de Direito Humanos da OAB local, Gilberto Truijo e o Professor da UNESP e membro da ABD, João Winck. Brincadeiras aparte, Chicão falou da importância da Plenária para a CUT na região de Bauru. "Temos muita satisfação de fazer parte do nascimento deste Coletivo. Já tentamos em outras ocasiões e não obtivemos sucesso, mas acredito que este seja o momento. No que depender da coordenação da CUT, este espaço se fortalecerá para inserir a pauta LGBT no dia-a-dia dos sindicatos, dos dirigentes e da sociedade", concluiu.

ABD E OAB PARTICIPARÃO
Grandes impulsionadores da visibilidade LGBTT na cidade de Bauru e organizadores da Parada local, os representantes da Associação Bauru pela Diversidade afirmaram total apoio e participação efetiva no Coletivo. "Os problemas dos homossexuais no mercado de trabalho é muito semelhante àqueles enfrentados por outros grupos vulneráreis à discriminação e ao preconceito, como mulheres e negros, por exemplo. Neste sentido, os sindicatos nada ou pouco fazem para representar companheiros e companheiras vítimas desse tipo de preconceito. Precisamos fazer a nossa parte para o fim da homofobia, machismo, racismo e toda forma de discriminação, presentes em todos os espaços, inclusive nos sindicatos brasileiros", avaliou João Winck.
O Coletivo recebeu o apoio da OAB, que se propôs a participar ativamente das reuniões e atividades do grupo. "A Comissão de Direitos Humanos sempre teve a CUT como uma grande parceira aqui em Bauru. Esta parceria será ainda mais fortalecida a partir de nossa participação efetiva no Coletivo", afirmou Gilberto Truijo.
Já o Marquinhos da ABD avaliou a chegada do Coletivo como uma oportunidade de qualificar a pauta LGBTT sob a ótica do mercado de trabalho. "A ABD tem cumprido seu papel de dar visibilidade e diminuir o preconceito e a discriminação na sociedade, mas é preciso ter dirigentes sindicais afinados com o tema para enfrentarmos juntos os problemas presentes nos locais de trabalho.

DESAFIOS
Para o coordenador do coletivo regional, Marcos Rodrigues alves, o desafio será ampliar o grupo e trazer o movimento social. "Temos muito trabalho pela frente. Homofobia, direitos iguais e empregabilidade dos trabalhadores LGBT são temas difíceis de inserir na sociedade. Precisamos ampliar o grupo e fortalecer nossa pauta", propôs Marquinhos. Após várias intervenções do Plenário, composto por lideranças locais e membros do Coletivo Estadual, foi deliberada a realização da primeira reunião do Coletivo no dia 06 de dezembro. Neste primeiro encontro o Coletivo deverá definar uma agenda observando a realização de um ciclo de debates com objetivo de discutir com dirigentes e trabalhadores a necessidade dos recortes LGBT, gênero, raça e demais grupos vulneráveis na ação sindical.

domingo, 28 de novembro de 2010

Tortura nunca mais

Acusado de torturar Dilma leva vida tranquila no Guarujá
Militar aposentado falou ao iG; ele está entre alvos do MPF por participação na morte de 6 pessoas e na tortura a outras 20
Acusado pelo Ministério Público Federal de participar da morte de seis presos políticos e torturar outras 20 pessoas, entre elas a presidenta eleita Dilma Rousseff, o tenente-coronel reformado do Exército Maurício Lopes Lima descreve a violência nos porões da ditadura como algo “corriqueiro”. Na mesma semana em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o torturador de sua sucessora hoje deve estar se torturando, a reportagem do iG encontrou o militar levando uma vida calma na praia das Astúrias, no Guarujá. Hoje aposentado, ele fala tranquilamente sobre os acontecimentos relatados em 39 documentos que serviram de base para a ação civil pública ajuizada na 4ª Vara Cível contra ele. Questionado sobre o uso da tortura nos interrogatórios, comentou: “Era a coisa mais corriqueira que tinha”, afirmou. Embora negue ter torturado Dilma, ele admite que teve contato com a presidenta eleita. Diz que na época não podia sequer imaginar que a veria na Presidência. “Se soubesse naquela época que ela seria presidenta teria pedido: ‘Anota meu nome aí. Eu sou bonzinho’”, afirma. A ação aberta contra Lima e os demais acusados – dois ex-militares e um ex-policial civil - se refere ao período entre 1969 e 1970, quando Lima e outros três acusados integraram a equipe da Operação Bandeirante e do DOI-Codi, ambos protagonistas da repressão política durante a ditadura militar (1964-1985). Entre os documentos, está um depoimento de Dilma à Justiça Militar, em 1970, no qual ela pede a impugnação de Lima como testemunha de acusação, alegando que o então capitão do Exército era torturador e, portanto, não poderia testemunhar. “Pelos nomes conhece apenas a testemunha Maurício Lopes Lima, sendo que não pode ser considerada a testemunha como tal, visto que ele foi um dos torturadores da Operação Bandeirante", diz o depoimento de Dilma. Na época com 22 anos, a hoje presidenta eleita foi presa por integrar a organização de esquerda VAR-Palmares. No mesmo depoimento Dilma acusa dois homens da equipe de Lima de ameaçá-la de novas torturas quando ela já havia sido transferida para o presídio Tiradentes. Ela teria questionado se eles tinham autorização judicial para estarem ali e recebido a seguinte resposta: “Você vai ver o que é juiz lá na Operação Bandeirante”.
Outros depoimentos deixam mais evidente a ação do militar, como o do frade dominicano Tito de Alencar Lima, o Frei Tito, descreve em detalhes como foi colocado no pau-de-arara e torturado por uma equipe de seis homens liderados por Lima. “O capitão Maurício veio buscar-me em companhia de dois policiais e disse-me: ‘Você agora vai conhecer a sucursal do inferno’”, diz um trecho do depoimento, no qual ele diz ter recebido choques elétricos e “telefones” (tapas na orelha), entre outras agressões.
O então capitão do Exército é acusado também de ter participado da morte de Vírgilio Gomes da Silva, o "Jonas" da ALN, outra organização de esquerda que defendia a luta armada. Líder do sequestro do embaixador dos EUA Charles Elbrick, Virgílio foi assassinado no DOI-Codi, conforme admitiu oficialmente o Exército em 2009. Lima nega todas as acusações. Leia abaixo trechos da entrevista concedida por Lima ao iG:

iG - Como era chegar em casa e pensar que uma moça como a Dilma, de vinte e poucos anos, havia sido torturada?
Lima - Nunca comentei isso com ninguém, mas desenvolvi um processo interessante. Eu não voltava mais para casa, pois achava que podia morrer a qualquer momento. Me isolei dos amigos e das pessoas que gostava. O quanto mais pudesse ficar longe melhor. Era uma fuga.

iG - O senhor fugia do que?
Lima - De uma realidade. Eu sabia que ia morrer. Minha mulher estudava história na USP. Ela soube por terceiros que eu estava no DOI-Codi. As colegas dela todas presas.

iG - Então não era a tortura que o incomodava?
Lima - É como um curso na selva. No primeiro dia você vê cobras em todo canto. No terceiro dia você toma cuidado. Depois do décimo dia passa um cobra na sua frente e você chuta. É adaptação.

iG - Se tornou uma coisa banal?
Lima - Sim.

iG - E hoje em dia o que o senhor pensa daquilo?
Lima - Penso que só é torturado quem quer. Agi certo. Arrisquei minha vida. Não tive medo. Não tremi, não. E não torturei ninguém. Pertenci a uma organização triste, sim. O DOI-Codi, a Operação Bandeirante eram grupos tristes.

iG - O senhor está pesquisando no projeto Brasil Nunca Mais para preparar sua defesa?
Lima - Sim. Primeiro porque não sei quem falou. Uns me citam, outros "ouvi dizer".

iG - O MPF cita sua participação em torturas contra 16 pessoas.
Lima - É. Outro que me deixa fulo da vida é o Diógenes Câmara Arruda (ex-dirigente do PCB preso na mesma época que Dilma). Ele faz a minha ligação como torturador dele e o CCC (Comando de Caça aos Comunistas, grupo de extrema direita que atuou nas décadas de 60 e 70). Eu tinha uma bronca desgraçada do CCC. Me referia a eles como "aqueles moleques chutadores de porta de garagem". É o que eles eram. Nunca tive nada com o CCC.

iG - O senhor também é acusado de participar da morte do Virgílio Gomes da Silva (o "Jonas" da ALN, morto no DOI-Codi em 29 de setembro de 1969).
Lima - Me acusam de ter matado o Virgílio e de ter torturado o filhinho dele (então com quatro meses de idade). Eu não estava lá e demonstro para quem quiser ver (se levanta e pega um livro do Exército com os registros de todas suas mudanças e transferência ao longo da carreira). Isso são minhas folhas de alterações militares. Pode olhar aí. Fui transferido para a Operação Bandeirante no dia 3 de outubro. O Virgílio foi morto no dia 29 de setembro.

iG - Não havia entre os militares a questão moral de que a tortura desrespeita os direitos humanos?
Lima - A tortura diz respeito a direitos humanos e o terrorismo também.

iG - Um erro justifica o outro?
Lima - Estão ligados. Tortura no Brasil era a coisa mais corriqueira que tinha. Toda delegacia tinha seu pau-de-arara. Dizer que não houve tortura é mentira, mas dizer que todo delegado torturava também é mentira. Dependia da índole. As acusações não podem ser jogadas ao léu. Têm que ser específicas. Eu sei quem torturava e não era só no DOI-Codi, era no Dops também. Mas eu saber não quer dizer que eu possa impedir e nem que eu torturasse também. A tortura é válida para trocar tempo por ação.

iG - Quem torturava?
Lima - O maior de todos eles já morreu e não dá para falar dos mortos.

iG - Alguma vez o senhor contestou a prática de tortura no DOI-Codi?
Lima - Não porque existia um responsável maior, o comandante do DOI-Codi. Eu fiz a minha parte. Se eu fosse mandado torturar, não torturaria. Outros não. O Fleury (delegado Sérgio Paranhos Fleury), por exemplo, até dava um sorriso.

fonte: ig.com.br

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Eleições 2012

Se der para complicar para que facilitar
quarta-feira, 24 de novembro de 2010 15:30
Partidos políticos que estiveram coligados em torno da candidatura de Rodrigo Agostinho (PMDB) em 2008 decidiram dificultar as coisas para o prefeito e seus mentores “invisíveis”.
Enquanto se apostava que partiria do grupo a iniciativa de rompimento com o governo municipal a vice prefeita Estela Almagro (PT) veio a público para anunciar que o bloco dos “cinco” fica, e mais, está disposto a resgatar os compromissos assumidos por ela e pelo prefeito durante a Campanha eleitoral e inscritos no documento “Carta de Bauru” da qual PT, PC do B, PSB , PR e PMDB são signatários.
A avaliação foi de que o bloco deve continuar no governo, física e espiritualmente, cobrando autonomia do prefeito na gestão do projeto político idealizado para ter vida longa, pelo coletivo da coligação.
Com isso dificulta-se as articulações políticas que vêm sendo arquitetadas à “mesa pequena” nos bastidores políticos da cidade e que visam a reeleição do prefeito Rodrigo Agostinho em 2012, sem a participação de alguns protagonistas da coligação de nome sugestivo: “Bauru de Todos”, que elevou Rodrigo em 2008 à condição de prefeito do município.
Não se sabe se o prefeito, ou melhor, seus mentores políticos “invisíveis” vão aceitar os termos do acordo tirado durante o Encontro. Mas daí, raciocinam os pensantes do bloco, o problema já não será mais dos partidos e sim do Palácio das Cerejeiras, que terá que escolher entre a harmonia e uma crise política sem fim e sem precedentes que não se sabe onde vai dar .
Enfim, lideres do bloco esperam prudência ou então coragem do prefeito nesses últimos dois anos de governo
Maria Dalva, colunista 94 fm Bauru

fonte: http://www.94fm.com.br/colunistas_internas.asp?nomeColunista=Maria%20Dalva&idColunista=3&id=848

Rio vive “agora ou nunca”

Para ex-Bope, UPP funciona e Rio vive “agora ou nunca”
O Bope comandou operações em favelas como reação à onda de violência que começou no último domingo (21. O ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e roteirista dos dois filmes Tropa de Elite, Rodrigo Pimentel diz que o Rio de Janeiro passa por um momento de “agora ou nunca” na reação à onda de violência dos últimos dias. “É um momento único na história do Rio de Janeiro”, diz otimista. Crítico da repressão violenta ao tráfico, ele defende as invasões de favelas e policiamento nas ruas que foram intensificadas desde os ataques que começaram no domingo (21).
Pimentel reforça a declaração do Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, para quem os ataques são uma reação de traficantes ao processo chamado de pacificação das favelas. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) se instalaram de forma permanente em favelas da capital carioca e, para Pimentel, diminuíram o poder do tráfico. Um dos autores do livro Elite da Tropa, Pimentel e sua experiência no Bope inspiraram a criação do personagem capitão Nascimento, dos filmes. Lembrando de sua atuação na polícia, ele ressalta:
- Quando eu era da polícia, eu tinha a nítida sensação de estar enxugando uma pedra de gelo. Eu nunca fui otimista em 12 anos de polícia e hoje eu sou otimista… Se isso aí não fizesse parte de um pacote mais completo de segurança, eu diria que é a repetição de um ciclo que a gente já conhece. Mas não é isso.

Leia a entrevista na íntegra.

Terra Magazine – Você acha que esses ataques são coisa de “traficante emburrado”, como disse o Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame?
Rodrigo Pimentel – É evidente que é. As ações de terror que visam à promoção do medo e do pânico, de muita visibilidade e que não tem intenção nenhuma de lucro, são ações de terror. São ações de reação não só às UPPs, mas a toda a política de segurança pública do Estado. A UPP é, sim, o carro chefe, é o que está dando mais prejuízo para o bandido. Mas veja só… desde que o governador Sérgio Cabral assumiu, além da pacificação, tem também o encaminhamento de bandidos para fora do Estado. Tem ainda o indiciamento e investigação de familiares de presos. Os familiares que enriqueceram ilicitamente estão sendo investigados e denunciados pelo Ministério Público. Isso provoca no tráfico revolta. Todo mundo dizia que essa UPP era esquisita porque os bandidos não reagiam. Taí a prova de que não era nada esquisito. A UPP é realmente eficaz e tira o território do tráfico. A reação é essa aí…

As UPPs foram implantadas como um contraponto ao policiamento que combate o tráfico com mais violência. Mas aumentaram o policiamento nas ruas e as operações do Bope em favelas. A polícia divulgou nesta quarta que já foram mais de vinte mortos nessa reação aos ataques. Não corremos o risco de regredir?
É importantíssimo isso. Não é a volta da política de enfrentamento. Na verdade é uma consolidação da UPP. O governo do Estado persegue a pacificação como um caminho mais viável e mais inteligente como a única política de segurança pública do Estado – porque até então não havia nenhuma. Se existe uma reação dos traficantes a essa política de pacificação, é evidente que você tem que estancar essa reação. E para estancar essa reação, é operação em favela, sim!

Isso seria momentâneo?
Eu sempre fui um crítico desde tenente, de capitão… Eu sempre fui um crítico contundente da operação em favela. Eu sempre achei uma ação desnecessária e ineficaz, que não tinha o menor motivo. Porque você entrava na favela e saía. E aquilo não tinha fim nunca. Aí surge a UPP que entra na favela e permanece. De fato, funciona. Mas essa política de enfrentamento momentânea é para estabelecer e consolidar o processo de pacificação. Os marginais estão saindo de favelas já identificadas para efetuar pânico no Rio de Janeiro. Para queimar ônibus, matar pessoas… Então a polícia tem sim que invadir esses redutos e tomar esses traficantes. Tem que criar uma zona de desconforto para que eles não possam mais operar essas ações. Além de intensificar o policiamento nas ruas, a polícia tem que voltar às favelas e atacar esses redutos, esses sujeitos. Não tem jeito. É um caminho sem volta. É agora ou nunca. O Estado não pode ser refém, não pode se ajoelhar, não pode recuar um milímetro.

A população não sofre com isso?
Isso não é uma vontade do governo do Estado, não. É uma vontade da população. Todas as pessoas nas ruas estão solidárias às ações da polícia. Nós vamos viver no Rio de Janeiro nos próximos cinco ou seis dias, um pouco de medo, de estresse em sair à noite, de preocupação com o filho na escola. De “será que eu posso ir à faculdade porque a minha aula termina a noite?”. Nós vamos viver um desconforto nos próximos dias, mas se for isso o preço para que a política de pacificação funcione, que seja pago. Está muito claro que isso é um momento. Não é uma política para sempre. É um momento. A política é a pacificação. O que a gente está vivendo agora é um momento importante para a pacificação.

Isso não pode virar um ciclo de ataques de traficantes e reações mais ostensivas da polícia?
Não. Na queda de braço com o Estado, o Estado ganha. Com todos os traficantes que o Comando Vermelho dispõe no Alemão e no complexo da Penha, o Estado já provou que consegue entrar lá. Então, nessa queda de braço quem vai sair perdendo é o traficante. E perde várias vezes. Perde porque a Justiça já entendeu que ele não pode mais ficar no Rio. Ele é uma ameaça à sociedade cumprindo pena aqui. Ele perde em cumprir pena num lugar mais distante, perde em ter seu reduto atacado pela polícia… Sinceramente, eu sou otimista. Se isso aí não fizesse parte de um pacote mais completo de segurança, eu diria que é a repetição de um ciclo que a gente já conhece. Mas não é isso.

Sobre a prisão em outros Estados, o secretário Beltrame informou que há indícios de que a ordem para os ataques tenha vindo do traficante Marcinho VP, de um presídio no Paraná…
Sim, você tem ataques que vieram do Paraná. Mas vieram em função de prerrogativas que os presos possuem no Brasil, de visita a vítimas, acesso a advogados e tal. Uma forma punitiva para eles agora é que eles sejam retirados do Paraná e sejam enviados a um presídio mais longe. Nesse intervalo, eles vão perder semanas de acesso a advogados e a familiares. E isso já descordena as ações reativas desses bandidos.

As UPPs estão instaladas, em sua maioria, na Zona Sul enquanto que investigações apontam que esses ataques estão vindo de outras regiões, da Zona Norte. O processo de pacificação não precisa ser expandido?
É. A UPP começou na região hoteleira da cidade, na região mais nobre e que tem potencial turístico. E isso é evidente em qualquer lugar do mundo. Não é privilégio para os ricos, até porque a UPP beneficia ricos e pobres. A UPP começou na região de Ipanema, Copacabana e Leme. Depois ela foi expandida. Ela já chegou, sim, à Zona Norte. Toda a região da grande Tijuca – que é um bairro de classe média – já está pacificada. E agora ela avança para uma região mais pobre. Já começou no Morro do Macaco, já entrou para o Morro do São João e está caminhando para o Morro da Matriz. Ela já está avançando para uma região… Agora, está longe do subúrbio da Leopoldina ainda, que é essa região que estamos falando da Penha. Está longe, mas ela vai chegar lá. Tanto vai chegar que a reação do bandido é em função disso. É o medo da aproximação da UPP do seu domínio territorial.

Entendo…
Deixa eu falar uma coisa. Eu nunca na minha vida deixei de criticar a política de segurança pública. Eu cheguei onde cheguei onde cheguei – no filme Tropa de Elite, no livro Elite da Tropa – porque cheguei criticando. Mas esse momento que eu vivo hoje da minha vida é um momento único na história do Rio de Janeiro. Eu não tenho nenhuma ligação partidária com o Sérgio Cabral. A gente tem que fazer uma opção: Essa porra tem que dar certo! Se isso não der certo minha amiga… Nós já testamos vários remédios e nada funcionou. O que a gente não testou ainda é a ocupação territorial permanente. Estamos testando e está funcionando. É necessário.

Já que você destaca esse seu posicionamento crítico, o que mudou desde o seu tempo na polícia?
Quando eu era da polícia, eu tinha a nítida sensação de estar enxugando uma pedra de gelo. A gente matava bandido e invadia favela sem ter uma luz no fim do túnel de melhora. Hoje em dia, fora da polícia, eu vejo com muito otimismo o futuro do Rio de Janeiro. Então essa é a melhor mudança. É o otimismo. Eu nunca fui otimista em 12 anos de polícia e hoje eu sou otimista. E olha que eu sou muito mais crítico agora do que eu era anteriormente.


Folha Mente?!

A FOLHA MENTE E ENGANA
A Folha "errou", mas só publicou o "erramos" após quinze dias, depois de desmascarada a manipulação pelo Ministro
A Folha como sempre,mente, inventa e engana. E quando é desmascarada na mentira, não pede desculpas. Escreve uma notinha. bem escondidinha, somente para o olhar mais atento do leitor que for assinante do jornal
A veja a notinha escondida na Folha, sobre o ministro Franklin Martins, que deveria ocupar manchete de capa, como foi publicado a mentira
O ministro Franklin Martins (Comunicação Social) afirmou ontem que a Folha distorceu a sua fala no encontro sobre convergência de mídias, promovido por sua pasta.
"A Folha botou na primeira página que eu tinha dito num tom quase arrogante algo como "vai haver controle", "com consenso ou sem consenso'", disse.
No dia 10, a chamada "Governo diz que vai regular mídia mesmo sem consenso", publicada na Primeira Página, dizia que o ministro "afirmou que o governo está disposto a levar adiante a discussão de novas regras para o setor de mídia digital mesmo sem entendimento".
Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha e participante do seminário, disse ao ministro que, se ele considera ter havido erro, o jornal o convida a escrever artigo ou a dar uma entrevista. Na verdade, a Folha não errou. O ministro disse o que foi publicado.
A Folha mente...
O jornal Folha de São Paulo interpretou, de forma equivocada, os objetivos do seminário sobre convergência de mídias..Ou seja, a Folha, quer a imprensa livre, mas sem perder o comando.

Fonte: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Manifestação contra preconceito em Bauru

AS FUMAÇAS DO PRECONCEITO

Estamos na Semana de Luta contra as Opressões. Dia 20, Dia da Consciência Negra, dia 22, Revolta das Chibatas, dia 25, Dia Nacional de Combate à Violência Contra a Mulher. Quando penso no preconceito, imagino-o como uma fumaça que nos envolve, nubla nossos olhos, impedindo que vejamos o quanto os outros são humanos, como nós e, finalmente, nos intoxica. Mas os exploradores de pobres, mulheres, negros, nordestinos,palestinos, haitianos, homossexuais só se utilizam desses rótulos para oferecer empregos como quem concede um favor e justificar salários mais baixos.
A fumaça é sutil e penetra os ambientes discretamente. O machismo e o racismo sussurram a discriminação em nossos ouvidos,como ecos das piadas, das restrições “em nome do amor”, nos apelidos, nas brincadeiras. Não tarda, nos deparamos com
“rodeios de mulheres” em escolas, com espancamentos nos lares respeitáveis e diferenciação de salário nas empresas idôneas e socialmente responsáveis. A opressão escandalosa das surras, das ofensas morais,da superexploração é facilmente identificável e repreensível socialmente. Ela é alvo das propagandas, na mesma mídia televisiva que expõe mulheres como corpos e faz humor com a condição sexual ou étnica de pessoas. Entretanto, aquela violência contra a mulher, o homossexual ou o negro que humilha e lhes rouba a dignidade cotidianamente é quase intangível, como a fumaça. Por isso, ainda há muito o que discutir e denunciar. Hoje, às 16h, a CSP Conlutas distribuirá panfletos na esquina da rua 13 de Maio com a rua Batista de Carvalho, estimulando a discussão sobre esse tema na sociedade bauruense e convida a comunidade bauruense a se manifestar contra o preconceito, essa justificativa mórbida para a superexploração do homem pelo homem.
(Áurea Costa - CSP Conlutas - Regional Bauru)- Tribuna do Leitor, Jornal da Cidade, Bauru, 25/11/2010

Lula valoriza novas Mídias Sociais

'imprensa antiga' ainda crê que povo é massa de manobra
O Presidente Lula concedeu entrevista a blogueiros nesta quarta-feira, na qual falou sobre sua relação com as empresas de comunicação ao longo de seus oito anos no governo. Lula chamou a imprensa de "imprensa antiga", por pensar que o povo é massa de manobra. "Eles se enganam, o povo está mais inteligente, sabido", afirmou.
Para Lula, o crescimento da internet como meio de informação dos brasileiros obriga a mídia tradicional a mudar o seu comportamento. "Ela (mídia) é desmentida em tempo real, tem que se explicar. Acho isso extraordinário", disse o presidente, que declarou seu desejo de estender a informação a toda a população. "Acho que vamos trabalhar para democratizar a mídia eletrônica e vamos trabalhar para que o leitor brasileiro fique cada vez mais sabido, inteligente, eu diria. Controlador da sua própria vontade, e isso está acontecendo no Brasil agora", afirmou.
O Presidente disse que, os principais veículos da mídia tradicional não reproduzem a realidade brasileira. "Eu fico com medo que daqui a cem anos, quando (alguém for) pegar um jornal ou uma revista para conhecer a história, a impressão vai ser a pior possível. Vai ter que comprar uma revista americana, inglesa, ou pegar informações da internet. Se você pegar uma parte do noticiário da imprensa brasileira, você não conhece o que acontece no Brasil", criticou.
Lula se disse orgulhoso de nunca ter precisado cortejar a imprensa para manter a estabilidade de seu governo. "Você sabe que eu tenho problema público com a chamada 'mídia antiga'. Eu tenho orgulho de terminar meu mandado sem ter almoçado ou jantado em revista ou jornal", disse. Apesar das críticas, o presidente reafirmou o compromisso de defender a liberdade de imprensa. "Sei que distorceram informações. Mas eu dizia que, para mim, eu sou o resultado da liberdade de imprensa desse País, com todos os defeitos que ela tem", afirmou.

Regulação da mídia
Questionado por blogueiros, Lula voltou a comentar a polêmica envolvendo a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que traçou metas de regulação da mídia e foi boicotado pelas entidades que representam os principais grupos empresariais do setor. Segundo o presidente, a acusação de que o governo pretende censurar a imprensa é infundada.
"O (ministro da Comunicação Social) Franklin Martins, quando convocou a conferência internacional, trouxe Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Portugal e França, e todo mundo disse que lá tem regulação, sim, e não é crime. É crime ter censura. Mas ter regulação não é crime", afirmou.
O Presidente Lula disse que, a participação da sociedade nas discussões da Confecom dão respaldo ao governo para levar adiante as propostas debatidas no encontro. "Nós agora temos uma coisa dita pela sociedade brasileira que nos dá garantia de que nós não somos um governo maluco que inventou uma discussão porque quis investir", disse.
Lula disse ainda que pretende apresentar até o fim de seu mandato um esboço do projeto de lei que regula a atuação da imprensa. A responsabilidade de encaminhar o texto ao Congresso, entretanto, será de sua sucessora, a presidente eleita Dilma Rousseff. "Espero ter condições de apresentar um texto antes de terminar meu mandato e passar para Dilma. Ela certamente vai fazer o debate e levar para o Congresso Nacional", afirmou.

Entrevista
Este é o seu primeiro encontro formal com a blogosfera.
Durante entrevista a blogueiros o Presidente destacou os preconceitos que vieram à tona durante a campanha eleitoral. O Presidente afirmou que "o preconceito ainda é uma doença quase incurável no Brasil".
Lula criticou a forma como o tema do aborto foi posto durante a campanha e enfatizou importância do assunto na política de direitos humanos. Ele afirmou que fez o que estava a seu alcance sobre o tema.
"Como cidadão, sou contra o aborto. Mas enquanto chefe de Estado, tenho que tratar como uma questão de saúde pública. Tenho que reconhecer que ele existe e fiz o que eu podia", disse.
O Presidente citou também o caso da estudante de Direito, Mayara Petruso, que publicou em seu Twitter sua revolta pela vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencial, atribuindo o resultado aos nordestidos. No Twitter, a estudante afirmou que nordestino não era gente e pediu que as pessoas matassem um nordestino afogadoNesta manhã, durante a transmissão no Blog do Planalto, a entrevista teve grande repercussão no Twitter.Até o momento, a imprensa não repercitiu a entrevista do Presidente Lula aos blogueiros. Apenas oPortal Terra divulgou nota.

Troca-troca em São Paulo

Mudando de lado: Gilberto Kassab estuda trocar o DEM pelo PMDB e enfraquecer a oposição a Dilma Rousseff

Um dos esteios da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o DEM iniciou o ano abatido por um escândalo de corrupção na única unidade da Federação sob sua administração, o Distrito Federal, depois que o ex-governador José Roberto Arruda foi filmado recebendo dinheiro vivo proveniente de caixa dois. Encerrado o processo eleitoral, o partido, em aliança com o PSDB de José Serra, foi derrotado na disputa pela Presidência, perdeu sete vagas no Senado (caiu de 13 para seis senadores) e encolheu na Câmara dos Deputados (caiu de 56 para 43 parlamentares), mas venceu os governos de Santa Catarina e Rio Grande do Norte. Passou longe da redenção, mas manteve-se vivo.
Agora, o DEM encontra-se diante de um perigo que transcende o resultado das urnas. Um de seus principais líderes, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, histórico aliado dos tucanos, engatou um namoro com o PMDB, partido de vida dupla que ocupa a vice-prefeitura da capital paulista com Alda Marco Antonio e ocupará a Vice-Presidência da República no governo de Dilma Rousseff com Michel Temer. "Nós já havíamos convidado o Kassab para entrar no partido antes das eleições. Agora, mantemos as portas abertas para ele. Seria importante para nós e para o prefeito", diz o presidente do PMDB paulistano, Bebeto Haddad. Em 2008, ele ajudou a articular a aliança entre o DEM e o PMDB em torno da reeleição de Kassab.
Em público, Kassab não comenta o assunto. Reservadamente, confidenciou a interlocutores a preocupação com "o futuro do DEM" na oposição a Dilma e com o cenário político rumo a sua sucessão, em 2012. Kassab não poderá concorrer à reeleição, pois assumiu o cargo em 2006, quando Serra deixou a prefeitura para concorrer ao governo.
A vitória do tucano Geraldo Alckmin neste ano, na disputa pelo governo de São Paulo, deixou Kassab preocupado com a possibilidade de ficar sem espaço político para lançar um candidato a sua sucessão. Além de Alckmin ser um rival na política paulista, o PSDB deverá ter um nome próprio na eleição para a prefeitura da maior cidade do país. Se for para o PMDB, Kassab poderá escolher à vontade seu candidato. Além disso, se transformaria em herdeiro do espólio do ex-governador Orestes Quércia, atualmente licenciado da direção do PMDB paulista por motivos de saúde. Nos bastidores da operação está Temer, com quem Kassab mantém boas relações. Outra opção à disposição de Kassab seria se transferir para o PSB, outro partido da órbita lulista.
"O eleitor escolheu o DEM para ser oposição. E ele assim o será" AGRIPINO MAIA, senador do DEM
Inicialmente, Kassab cogitou uma união do DEM com o PMDB. A hipótese foi rechaçada por seus atuais companheiros. "Fusão nem pensar, ainda mais com um partido da base de apoio ao presidente Lula", diz o senador José Agripino Maia, reeleito no Rio Grande Norte. Para ele, o DEM terá de sobreviver na oposição. "O eleitor votou no Serra e no DEM como alternativa a Lula e a Dilma. Temos de respeitar esse eleitor."
Segundo Agripino, nos próximos dias a cúpula do DEM se reunirá com Kassab. "Vamos conversar com ele como companheiros", afirmou. No encontro, os líderes do DEM tentarão convencer Kassab de que permanecer na oposição a Dilma e ao PT será um bom negócio. Para o vigor do regime democrático no Brasil, é bom também que o DEM não se esfarele. "O Brasil ainda é um país com traços conservadores.Não seria ruim para o DEM nem para a democracia se definir como um partido ultraliberal de oposição", diz o cientista político José Álvaro Moisés, da Universidade de São Paulo (USP). "Mas, para isso, é preciso aprofundar seu programa e se inserir na sociedade. Se ficar com uma oposição apenas de Congresso, será difícil para o DEM voltar a crescer.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Lula on line

Lula diz que, depois do descanso, será blogueiro e tuiteiro
O presidente Lula deu esta manhã, no Palácio do Planalto, uma entrevista aos blogueiros sujos. Ela chegou a ser assistida por 7 mil pessoas no livestream.


“Tentaram inventar um objeto invisível”, ele opinou — sem citar a Globo — sobre o objeto que o perito Ricardo Molina “colocou” na cabeça de José Serra, no Jornal Nacional, no famoso episódio da bolinha de papel. O presidente disse que, depois dos quatro meses de descanso que pretende tirar quando deixar o poder, será blogueiro e tuiteiro. Disse também que só indicará o novo integrante do Supremo Tribunal Federal se houver tempo para a aprovação do nome ainda nesta legislatura. Se for impossível, deixará a tarefa para a sucessora.
Afirmou que o pior momento de seus dois mandatos foi no dia da queda do avião da TAM, em São Paulo, em julho de 2007, quando o governo federal foi declarado culpado pelo homicídio de 200 pessoas. Sugeriu que houve tentativa de uso político da tragédia e que ouviu “leviandades” na televisão.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Aliados de Mãos dadas

Reunião dos aliados
Aconteceu nesta segunda-feira (22/11) no escritório da Macro PT Bauru reunião supra partidária com intenção de avaliar o resultado das últimas eleições e seus reflexos no município de Bauru e região. Entre os presentes estavam Sandro Bússola, presidente do Diretório Municipal do PT Bauru, Alex Gasparini, presidente do PMDB Bauru, Pedro Romualdo, presidente do PSB Bauru, Majô Jandreice do PC do B, Fernando Monti do PR, atual secretaria da Saúde, a vice-prefeita Estela Almagro (PT), o vereador Paulo Eduardo de Souza (PSB), assessoria do vereador Roque Ferreira (PT), além do assessor político do prefeito Isaias Daibem.

Partidos vitoriosos
A avaliação das eleições de 2010 foi positiva, dada a vitória dos partidos que compõem a base aliada do governo municipal. Renovamos nossas expectativas de que o município seja beneficiado com a união destes partidos na busca de apoio na esfera federal. É necessária maior interação desta aliança com o governo municipal.

A “Carta de Bauru”
Entre as ações planejadas para o próximo período estão previstos a realização de seminários temáticos para a discussão da conjuntura nacional e local. Estela Almagro afirmou estar disposta a manter o diálogo de união dos partidos com o prefeito, tendo também sido reafirmados os compromissos da “Carta de Bauru”, proposta que embasou a vitória da coligação “Bauru de Todos”.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Brasil está longe da Igualdade

Brasil está longe de acabar com desigualdades, afirma Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, 22 de novembro, que o Brasil ainda está longe de acabar com as desigualdades, sobretudo as raciais. Ele lembrou a comemoração do Dia da Consciência Negra no último sábado (20), durante o programa semanal Café com o Presidente.
Lula destacou a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) durante a gestão que governou e elogiou iniciativas como o Programa Universidade para Todos (ProUni), que conta atualmente com 40% dos bolsistas negros.
No entanto, o presidente ressaltou que é preciso uma "evolução" na consciência política de cada brasileiro, além de aperfeiçoamento da legislação e de punição rigorosa, para que o combate à discriminação avance no país. “Acho que estamos avançando. Os quilombolas estão sendo reconhecidos, os quilombos estão sendo legalizados e a gente está criando condições de não haver, definitivamente, mais discriminação no Brasil”, destacou. “Estou convencido de que nós fizemos muito, mas estou convencido, também, de que ainda falta muito a ser feito”, acrescentou Lula.
Durante o governo Lula, 23 milhões de pessoas deixaram a situação de pobreza absoluta. Segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a tendência é de que a erradicação da pobreza extrema seja possível em 2016, levando-se em conta os níveis atuais, contudo, a equipe de transição da presidente eleita em 2010, Dilma Rousseff, já adiantou que trabalhará para antecipar a meta para 2014.
São considerados pobres extremos aqueles que recebem até 25% de um salário mínimo por mês, enquanto os pobres absolutos dispõem mensalmente de até 50% de um salário mínimo.

Com informações da Agência Brasil

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

PSDB e a Literatura Erótica


Tribunal de Justiça proíbe secretário estadual de Educação do PSDB entregar livro com contos eróticos a estudantes
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu ontem uma liminar contra o secretário estadual de Educação, Paulo Renato Souza, impedindo a distribuição do livro Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século a estudantes da 6.ª à 9.ª série do ensino fundamental e do ensino médio. Segundo a secretaria, todos os livros já foram distribuídos, mas apenas para estudantes do ensino médio.
Cerca de 18 mil cópias foram compradas no início do ano pelo governo e distribuídas aos alunos por meio do programa Apoio ao Saber, que destina anualmente três obras para os estudantes levarem para casa.
A liminar foi tomada pelo desembargador Maia da Cunha, que classificou o conteúdo de três textos da coletânea - entre eles cerca de 60 trechos do conto Obscenidades para uma Dona de Casa, do escritor e colunista do Estado Ignácio de Loyola Brandão - como "inapropriados" e com "elevado conteúdo sexual". Entre esses trechos estão frases como "... não se esfregue desse jeito...".
A secretaria não quis se manifestar sobre o assunto, alegando não ter sido notificada. A pasta informou apenas que a escolha dos livros é feita por uma comissão. Cabe recurso da decisão.
O pedido de recolhimento e cancelamento da distribuição foi apresentado à Justiça em outubro pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec), presidido pelo deputado federal Celso Russomanno (PP-SP). "Recorremos ao Tribunal de Justiça após a Vara da Infância e da Juventude ter acatado um parecer do Ministério Público favorável à obra", diz Renato Menezello, advogado do Inadec.
O desembargador acatou apenas o cancelamento da distribuição de novos exemplares. Em sua leitura, "com relação aos livros já distribuídos, tem-se que eventual desrespeito à dignidade das crianças e adolescentes já teriam se consolidado".
Alerta. Para o professor Arthur Fonseca, do Conselho Estadual de Educação (CEE), o envolvimento da Justiça na questão é "extremamente perigoso". "Vivemos um momento perigoso de censura a obras literárias. Como educador, não gostaria que o assunto fosse tratado no âmbito da Justiça. É um problema de educação." Oficialmente, o CEE não deve se manifestar.
A presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Quézia Bombonatto, acredita que o principal problema seja a impossibilidade de se trabalhar adequadamente um texto erótico em uma sala de aula da escola pública.
"Na adolescência, a sexualidade já está exacerbada. Além disso, são muitos alunos por sala, com perfis e aspectos morais diversos. A maior parte dos professores não está preparada para dar conta disso."
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Roberto Leão, um maior cuidado com a opinião da ampla clientela atendida pela rede pública ao se escolher livros evitaria problemas como o atual.
"O aluno não precisa do livro para entrar em contato com conteúdos eróticos - e com certeza de pior qualidade. Mas secretarias e todos os órgãos que distribuem livros precisam entender e respeitar a clientela que atendem, seja o progressista seja o conservador."

Informações do Estadão


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Globo e sua visão dos Pobres

Ódio aos Pobres vira notícia na Record
O jornalista Luiz Carlos Prates, da afiliada da Rede Globo, de Santa Catarina, diz que classe C não deveria poder comprar carro, dando a entender que "atrapalha" o trânsito dos mais ricos. O jornalista ainda criticou o governo por estimular a oferta de crédito para que pessoas de baixa renda comprem carros.
Que livros o jornalista anda lendo?

Cooperativas Uni-vos

Cooperativas Populares Ganham força com dois Decretos


A representante dos trabalhadores, Joana Mota, discursa no evento

Na reunião plenária do Conselho Nacional de Economia Solidária, realizada na quarta-feira (17), no Palácio do Planalto, o presidente Lula assinou dois decretos para fortalecer o cooperativismo com foco na geração de trabalho e renda.
Um deles disciplina o Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares (Proninc) - uma parceria entre o governo e universidades.
“Temos 100 universidades no Brasil com incubadoras e estudantes apoiando pessoas pobres das cooperativas populares pelo Brasil inteiro que se incorporaram à economia solidária. E as universidades têm benefício nisso porque muito se aprende ao interagir diretamente com o povo brasileiro”, disse o secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Paul Singer.
O outro decreto institui o Sistema Nacional do Comércio Justo e Solidário, um conjunto de parâmetros para execução de políticas públicas relacionadas à promoção da economia solidária e do comércio justo. Um dos objetivos do sistema é apoiar o processo de educação para o consumo com vistas à adoção de hábitos sustentáveis e à organização dos consumidores para a compra de produtos e serviços de comércio justo e solidário.
Em seu discurso, o presidente destacou a importância da economia solidária no país:
“Não apenas consolidamos políticas para a economia solidária como conseguimos motivar estados e municípios a criar e ampliar suas políticas para a atividade. Em 2003, apenas quatro governos estaduais e algumas dezenas de prefeituras tinham políticas de economia solidária. Hoje já são 18 estados e centenas de municípios”, afirmou.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

São Paulo: A herança de Serra para Alckmin

Depois de uma campanha amistosa, a passagem do governo de Serra para Al-ckmin traz de volta as di-vergências entre os tu-canos.

Julia Duailibi e Roberto Almeida

Há quase quatro anos, o recém-empossado governador de São Paulo, José Serra (PSDB) assumia o comando do Estado anunciando um pente-fino nas contas públicas, com a renegociação de contratos, a redução das despesas com cargos em comissão e a adoção obrigatória do pregão eletrônico. Defendia uma economia de recursos para “gastar melhor” e chegou a sugerir a existência de funcionários fantasmas na folha de pagamento. Após tomar posse, assinou os oito decretos que pretendiam fazer a “faxina”. Na plateia no Palácio dos Bandeirantes, visivelmente constrangido, estava o ex-governador Geraldo Alckmin, que havia tocado o Estado por cinco anos até deixar a cadeira para disputar a Presidência da República pelo PSDB.
Eleito governador por São Paulo neste ano, Alckmin prepara agora sua “faxina” do governo Serra-Alberto Goldman. Embora tenha vencido a eleição explorando o discurso da continuidade – e, de fato, tenha intenção de manter programas da atual gestão –, o novo titular do Palácio dos Bandeirantes pretende seguir a própria cartilha, extinguindo pastas, aumentando projetos esvaziados pelo sucessor e colocando em pauta “esqueletos” deixados pela dupla que o sucedeu.
No escritório de transição, no 12º andar do Edifício Cidade, na Rua Boa Vista, centro de São Paulo, colaboradores de Alckmin têm olhado com lupa dados do governo. O Estadoconversou na semana passada com integrantes da equipe para traçar o diagnóstico sobre as mudanças mais urgentes que o quinto governo consecutivo do PSDB em São Paulo pretende adotar.

Saúde. O sinal vermelho acendeu em algumas áreas, como na saúde. Houve crescimento de gasto com custeio no setor, impulsionado neste ano pelas vitrines sociais de Serra, como as AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades). Resultado: a pasta deve terminar 2010 com um déficit de R$900 milhões.
O processo de concessão do Rodoanel também não foi bem digerido por aliados do governador eleito. O consórcio vencedor, anunciado no começo do mês, apresentou deságio de 63,35% e desbancou tradicionais operadores do setor de transportes, mas acabou levantando dúvidas na equipe de transição sobre a capacidade de tocar as obras do Trecho Leste.
Entre outros pontos fracos apontados pela equipe, estão a demora para a construção de cerca de 50 novas penitenciárias, assim como a execução da Linha 5 – Lilás do Metrô, cuja licitação foi suspensa após denúncia contra as empresas envolvidas.
O governador eleito deve extinguir algumas secretarias criadas por Serra. Crítico dos gastos com publicidade, que aumentaram na gestão atual, Alckmin pretende acabar com a Secretaria de Comunicação, que pode voltar a ser uma assessoria ligada à Casa Civil, e com a Secretaria de Ensino Superior. Entram novas pastas, como Gestão Metropolitana e, provavelmente, Turismo, que serviria como articuladora dos investimentos para a Copa do Mundo.

Um dos projetos criados por Alckmin colocados em banho-maria por Serra foi a transferência da estrutura administrativa do Palácio dos Bandeirantes para o centro. O prédio onde funciona a transição havia sido preparado por ele para ser o gabinete oficial do governador. Mas, quando assumiu, Serra transformou o lugar na sede da Secretaria de Ensino Superior. Agora, Alckmin extinguirá a pasta e retomará o projeto original.

“Esqueletos”. O levantamento feito pela transição aponta “esqueletos” deixados pela administração Serra-Goldman. Entre os assuntos que ficaram pendentes para resolução do novo governo, estão a renegociação da dívida do Estado e a revisão das concessões antigas na área de transportes, que pagam Taxas Internas de Retorno em desacordo com o cenário econômico atual.
A nova administração tucana deve retomar vitrines da gestão Alckmin congeladas ou desidratadas por Serra, como o Escola da Família, o Bom Prato e os mutirões habitacionais. O esvaziamento dos programas desagradou os aliados do governador eleito e serviram até de munição nos debates eleitorais, quando Dilma Rousseff (PT) citou o Escola da Família para dizer que Serra não dava continuidade a projetos que não eram dele. “Quero apenas que minhas ideias continuem”, já adiantou o atual secretário de Habitação, Lair Krahenbuhl, com quem Alckmin manteve entreveros quando eram colegas no secretariado de Serra.
“O novo governo de Geraldo Alckmin será conceitualmente diferente da gestão anterior dele. Será mais político e mais articulado. Ele aprendeu com os erros do passado”, afirmou um aliado do governador eleito. “Uma diferença mais clara é que não há a preocupação de Alckmin, pelo menos neste momento, de montar uma candidatura presidencial tendo São Paulo como vitrine, como já era o caso de Serra ao assumir (o governo)”, acrescentou.
Apesar de alterações da estrutura administrativa do Estado, outras iniciativas criadas por Serra e consideradas bem-sucedidas vão continuar, como a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, ações na área de arrecadação, como a Nota Fiscal Paulista e a substituição tributária, e na de gestão, como a bonificação por mérito dos servidores.
Alckmin montou uma equipe de assessores e parlamentares que lhe foram fiéis no auge de seu isolamento no partido, na malfadada disputa pela Prefeitura paulistana, em 2008. Embora tenham sido construídas pontes com os serristas neste momento de transição, nos bastidores estabeleceu-se uma firme demarcação de território. A composição da equipe de transição, com a cara do governador eleito, é antes de mais nada uma imposição de “respeito”, segundo um tucano ligado a Alckmin.
Serra não está alheio à condução dos trabalhos. Antes de embarcar para a Europa, telefonou algumas vezes para o escritório de transição, conversou com secretários estaduais e, é claro, com Alckmin. Mesmo de longe, tem colhido informações sobre o novo governo.

Disputa. O pano de fundo da relação entre a equipe que entra com Alckmin e a que sai com Serra-Goldman é a disputa, ainda tácita, pela liderança do partido em São Paulo e pela condução do projeto nacional do PSDB, que culminará no nome que disputará a Presidência da República em 2014. Os ex-governadores são protagonistas de uma relação que já foi bastante conflituosa. A relativa proximidade durante a Assembleia Constituinte deu lugar ao distanciamento eleição após eleição, evidenciado na corrida paulistana de 2008, quando Serra, do Palácio dos Bandeirantes, apoiou nos bastidores a reeleição de Gilberto Kassab (DEM), com quem compôs chapa na disputa pela Prefeitura em 2004, contra o colega de partido.
No caminho para a construção de sua candidatura à Presidência da República, Serra estendeu as mãos a Alckmin, convidando-o a assumir uma secretaria em seu governo, numa das principais cartadas políticas de sua trajetória derrotada ao Palácio do Planalto. À revelia de aliados e até familiares, Alckmin retribuiu dedicando-se com afinco à campanha de Serra neste ano.
Com a missão cumprida e reconhecida internamente, Alckmin será agora o fiel da balança na disputa interna entre Serra e o senador eleito Aécio Neves (MG). Seu discurso de posse dará as pistas sobre se pretende seguir um caminho independente ou marchar unido aos serristas.
Independentemente da trilha escolhida, não repetirá as palavras de seu ex-vice, Cláudio Lembo (DEM), que disse, ao transmitir para Serra o cargo recebido de Alckmin: “Me ofereceram uma Maserati e eu levei um Fusca 1966.”

Via Estadão, dica de Conversa Afiada

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Bauru sediará Jogos Abertos de 2012

Vereadores advertem para plano de estrutura esportiva para 2012

Após 42 anos, Bauru voltará a ser sede dos Jogos Abertos do Interior. A decisão foi simples, pois logo no início da solenidade, Nelson Gil, coordenador de Esportes do Estado de São Paulo, leu uma carta de desistência do trio de municípios composto por Tietê, Cerquilho e Boituva, que também concorreria. Com a vitória assegurada, representantes de Bauru subiram ao palco para apresentar o vídeo preparado para defender a candidatura. Ótima notícia para a cidade de Bauru e mais uma vitória do PT Bauru. Reconhecido em sessão da Câmara Municipal de Bauru de 08 de novembro onde os vereadores elogiaram o esforço político pela vitória da cidade na escolha para sediar os Jogos Abertos do Interior de 2012, mas advertiram que a administração tem de apresentar planejamento para as obras de infra-estrutura esportiva que o evento exige. Esforço contínuo de nosso companheiro, vereador eleito e atual secretario de Esportes de Bauru, José Carlos Batata foi reconhecido até pela oposição. A eleição por aclamação de Bauru como sede dos Jogos Abertos do Interior de 2012 foi o assunto mais comentado da sessão de em questão. Apesar do discurso ufanista de boa parte dos vereadores, a responsabilidade de sediar a maior competição do esporte amador da América do Sul foi debatida durante a reunião. Vereadores da situação e oposição cobraram do Executivo investimentos no esporte de base, além de melhorias de infraestrutura.

Roque Ferreira avaliou a realização do evento como uma oportunidade positiva. “Um momento para se discutir alguns problemas. É óbvio que seria interessante sediar os jogos se as equipes de Bauru pontuassem entre as melhores. Mas é preciso se discutir qual é o plano municipal para esportes. Onde está este plano? E quais as ações de curto, médio e longo prazo?”, questionou. Também destacou que é preciso definir o uso desses equipamentos após os jogos. “O investimento deve ser feito em aparelhos públicos. Para não transformar os Jogos Abertos em um megaevento com efeitos apenas passageiros”, alertou.
A falta de equipamentos públicos esportivos foi criticada por Fabiano Mariano (PDT). “Bauru não tem condições nem de receber os Jogos Regionais, quanto mais os Jogos Abertos. Temos cerca de um ano e meio de muito empenho e muita luta para fazer uma competição de qualidade”, observou. Ele também cobrou investimento na formação de atletas. “Não podemos fazer festa para os outros. Temos que investir em escolinhas, fazer um trabalho de base bem feito”, pontuou.
Já Amarildo de Oliveira (PPS) cobrou empenho da prefeitura. “É um grande incentivo para a juventude, que sonha em participar de uma competição deste nível. Nós temos que recepcionar as outras delegações bem, mas precisamos ter planejamento para a prática esportiva na cidade”, lembrou.

fonte: Lígia Ligabue - Jornal da Cidade / Bauru

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Salário mínimo e o cinismo de Serra

Chegaria a ser cômico, se não fosse ridícula, a articulação do núcleo serrista para tentar criar um problema para o Governo Dilma Rousseff, com a apresentação da proposta de elevação do salário mínimo para R$ 600.
Claro e óbvio que um salário de 600 reais não é muito e muito menos injusto para os trabalhadores. Ao contrário, é pouco, considerando a defasagem que o salário mínimo acumulou ao longo de décadas. E inclua-se aí, nesta temporada de perdas, o período de uma década – considerando o período final de Itamar e os oito anos de Fernando Henrique – em que o tucanato esteve no Governo.
Mas a proposta tucana é como Serra, tão falsa como uma nota de R$3. Uma promessa que, se fosse eleito, trataria logo de revogar, com o apoio entusiástico da mídia, sob o argumento de que recebera uma “herança maldita” do Governo Lula.
Temos, mal ou bem, uma regra acordada de reajustes salariais: inflação mais variação do PIB no penúltimo ano do reajuste. Claro que, diante da crise – que zerou o crescimento do PIB em 2008 – e do forte crescimento da economia em 2009, podemos ter mais do que o reajuste que, segundo aquela regra, ficaria na faixa de 5%, como previsto no Orçamento.
A própria presidente eleita acenou que vai negociar esta adequação, sem prejuízo da regra que, mantida, garante um reajuste bem mais significativo em 2011, – 7,5% do PIB de 2010 mais uma inflação projetada em torno de 4%. As centrais sindicais propõem R$ 580 e tudo caminharia para um acordo razoável e responsável.
Mas o tucanato serrista, apesar da derrota nas urnas, se sente à vontade para repetir a demagogia que empunharam na campanha eleitoral e repetir a cantilena de levar o mínimo, de uma tacada só, para R$ 600, o que representaria um rejuste de quase 20%.
Ora, é simples saber se há sinceridade na proposta. Os governadores tucanos de São Paulo e Minas aceitam dar um reajuste de 20% para seus servidores? Alckmin e Anastasia podem fazer isso? As prefeituras tucanas podem arcar com isso? Se os servidores paulistas pedirem – aliás, por que não podem, se os seus governantes o defendem? – um aumento destes índices, vão ser recebidos com cafezinho ou com cassetetes e bombas de gás?
A verdade é que os tucanos, que históricamente se “lixam” para a pobreza deste país, não visam uma progressão constante, segura e imune ao arbítrio dos governantes para a recuperação dos salários. Querem o tumulto e o desgaste político.
É por isso que venho repetindo aqui: estamos caminhando para um “racha” nas forças de oposição. Não há dúvidas de que uma parte dos que se alinharem, ao menos formal e aparentemente, em torno da candidatura Serra não vai partir – não de início, ao menos – para este processo irresponsável.
A outra parte? Bem, como eu disse aqui, logo poderemos ver um trocadilho a mais: Serra é do DEM.
artigo de Brizola Neto, publicado no blog Tijolaço