Páginas

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Coletivo LGBTT em Bauru

SUBSEDE LANÇA COLETIVO LGBTT
"Atuação sindical com recorte LGBTT é principal meta"

Às dezenove horas da última sexta-feira (19), dirigentes sindicais, Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação Bauru pela Diversidade (ABD) lançaram o Coletivo Regional de Trabalhadores LGBTT.
Marcos Freire, do Coletivo Estadual, participou da Plenária e falou dos desafios enfrentados para a consolidação dos Coletivos. "A dificuldade de construir este coletivo está presente em todo o Estado. São iniciativas como esta que impulsionam o crescimento do grupo e do debate e dão visibilidade à esta pauta dentro e fora da nossa Central", avaliou Freire. O CUTista falou ainda de desafios a serem enfrentados pelo novo Coletivo como a luta pela aprovação do PL 122 que propõe a criminalização da homofobia e a superação de uma realidade em que dezenas de direitos constitucionais são negadas aos homossexuais.
Bem humorado, o Coordenador da Subsede da CUT, companheiro Chicão, brincou com os "Marquinhos" presentes na mesa. Eram três. Marcos Rodrigues Alves, dirigente do Sinergia/CUT que coordenará o Coletivo Regional, Marcos de Souza, representante da ABD e Marcos Freire, do Coletivo Estadual. "Não corro risco de esquecer nomes. Basta dizer Marquinhos", brincou o sindicalista. Além dos "Marquinhos", participaram da Mesa o advogado e coordenador da Comissão de Direito Humanos da OAB local, Gilberto Truijo e o Professor da UNESP e membro da ABD, João Winck. Brincadeiras aparte, Chicão falou da importância da Plenária para a CUT na região de Bauru. "Temos muita satisfação de fazer parte do nascimento deste Coletivo. Já tentamos em outras ocasiões e não obtivemos sucesso, mas acredito que este seja o momento. No que depender da coordenação da CUT, este espaço se fortalecerá para inserir a pauta LGBT no dia-a-dia dos sindicatos, dos dirigentes e da sociedade", concluiu.

ABD E OAB PARTICIPARÃO
Grandes impulsionadores da visibilidade LGBTT na cidade de Bauru e organizadores da Parada local, os representantes da Associação Bauru pela Diversidade afirmaram total apoio e participação efetiva no Coletivo. "Os problemas dos homossexuais no mercado de trabalho é muito semelhante àqueles enfrentados por outros grupos vulneráreis à discriminação e ao preconceito, como mulheres e negros, por exemplo. Neste sentido, os sindicatos nada ou pouco fazem para representar companheiros e companheiras vítimas desse tipo de preconceito. Precisamos fazer a nossa parte para o fim da homofobia, machismo, racismo e toda forma de discriminação, presentes em todos os espaços, inclusive nos sindicatos brasileiros", avaliou João Winck.
O Coletivo recebeu o apoio da OAB, que se propôs a participar ativamente das reuniões e atividades do grupo. "A Comissão de Direitos Humanos sempre teve a CUT como uma grande parceira aqui em Bauru. Esta parceria será ainda mais fortalecida a partir de nossa participação efetiva no Coletivo", afirmou Gilberto Truijo.
Já o Marquinhos da ABD avaliou a chegada do Coletivo como uma oportunidade de qualificar a pauta LGBTT sob a ótica do mercado de trabalho. "A ABD tem cumprido seu papel de dar visibilidade e diminuir o preconceito e a discriminação na sociedade, mas é preciso ter dirigentes sindicais afinados com o tema para enfrentarmos juntos os problemas presentes nos locais de trabalho.

DESAFIOS
Para o coordenador do coletivo regional, Marcos Rodrigues alves, o desafio será ampliar o grupo e trazer o movimento social. "Temos muito trabalho pela frente. Homofobia, direitos iguais e empregabilidade dos trabalhadores LGBT são temas difíceis de inserir na sociedade. Precisamos ampliar o grupo e fortalecer nossa pauta", propôs Marquinhos. Após várias intervenções do Plenário, composto por lideranças locais e membros do Coletivo Estadual, foi deliberada a realização da primeira reunião do Coletivo no dia 06 de dezembro. Neste primeiro encontro o Coletivo deverá definar uma agenda observando a realização de um ciclo de debates com objetivo de discutir com dirigentes e trabalhadores a necessidade dos recortes LGBT, gênero, raça e demais grupos vulneráveis na ação sindical.

Nenhum comentário:

Postar um comentário