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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Diplomação da Presidente

Hoje, 17 de dezembro foi a diplomação da nova Presidente da República, nossa companheira Dilma Roussef.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Acusações de Estupro

O tapa na cara das mulheres estupradas
Em outras palavras: nunca, em vinte e três anos de relatos e apoio a vítimas de violência sexual ao redor do mundo, eu alguma vez ouvi dizer do caso de um homem procurado por duas nações, e mantido em confinamento em uma solitária, sem fiança, antes de ser questionado -- por qualquer estupro alegado, mesmo o mais brutal ou facilmente provado. Em termos de um caso envolvendo os tipos de ambiguidades e complexidades das queixas das supostas vítimas -- sexo que começou consensualmente, e alegadamente tornou-se não-consensual quando surgiu a disputa sobre uma camisinha -- por favor encontre para mim, em qualquer lugar do mundo, outro homem hoje na prisão sem fiança por acusações de qualquer coisa comparável.
[...] para todas as dezenas de milhares de mulheres que foram sequestradas e estupradas, estupradas sob a mira de uma arma, estupradas com objetos pontiagudos, espancadas e estupradas, estupradas enquanto crianças, estupradas por familiares -- que ainda estão esperando o menor suspiro da justiça -- a reação nem um pouco usual da Suécia e da Inglaterra a essa situação é um tapa na cara. Ela parece mandar a mensagem às mulheres no Reino Unido e na Inglaterra de que se você alguma vez quiser que alguém leve a sério um crime sexual contra você, é melhor que você se certifique de que o homem que você acusa também causou embaraços ao governo mais poderoso da terra.
-- Naomi Wolf, no BoingBoing

PS - Você pode se interessar pela postagem Carta das Mulheres Contra o Estupro sobre a prisão de Assange.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Desconstruindo Serra

Nassif: Velha mídia começa a desconstrução de Serra

Nassif: Cantei esse movimento no ano passado. O governo Serra era amplamente vulnerável, sem noção de gestão, de planejamento, um grande ausente do dia a dia da administração, preocupado apenas em operar politicamente. Em suma, havia material amplo para uma reavaliação da velha mídia, sobre o "grande gestor" Serra.

Esse processo - alertava no ano passado - teria início passadas as eleições. Haveria, de um lado, o desencanto da velha mídia por ter apostado todas suas fichas, empenhado sua credibilidade em um cavalo manco. Depois, a necessidade de derrubar o empecilho para abrir espaço para os novos futuros candidatos.
É o que está ocorrendo a olhos vistos. A Folha traz a matéria da WikiLeaks sobre as conversas entre Serra e a Chevron.
Hoje, no Estadão, duas matérias fortes. A primeira, sobre os gastos de saúde de Serra no último ano, com as tais policlínicas alardeadas por ele nos debates políticos - comentei inúmeras vezes que, por seu custo, era experiência que não podia ser massificada e, portanto, se transformar em política de saúde.
A matéria do Estadão (de Julia Duailibi e Daniel Bramatt) é completa, um jornalismo que ficou ausente no período eleitoral. Fala dos aumentos desmedido dos gastos em saúde. Ora, mas aumentar gastos em saúde não é uma prática socialmente responsável? Não, foi politiqueiro. Segundo a matéria, o próprio Secretário de Saúde, Luiz Roberto Barradas (grande sanitarista) ameaçou pedir demissão, em razão da explosão de custos do setor.
Dado importante é que de outubro de 2009 a outubro de 2010 - em pleno período eleitoral - houve crescimento de 37% nos repasses para as organizações sociais que administram unidades de saúde do Estado.


A conclusão é que mais uma vez foi feita uma forte campanha no sentido de enganar os mais variados setores da população brasileira, afim de eleger o representante dos grandes grupos econômicos. Abramos nossos Olhos

domingo, 12 de dezembro de 2010

Papai Noel em Bauru?

EU VI PAPAI NOEL E SEU TRENÓ NAS RUAS DE BAURU
Ele circula livremente e sem nenhum tipo de assédio nas principais ruas de Bauru. De origem nipônica, com os olhinhos puxados, algo um tanto estranho, esse senhor, desgastado pelo tempo, queimado de sol e calado como quase toda pessoa de origem oriental, circula em andrajos. Seu provável trenó são seus pertences, que amarrados uns aos outros são puxados pela força de seus braços, levados de um lugar para outro.
Muito conhecido nas cercanias da Rua Araújo Leite, anda alguns metros, dá uma breve parada, descansa o suficiente para poder continuar e segue em frente, não se sabe para onde. Morador de nossas ruas, com idade já ultrapassando os 60 anos, é personagem das mais conhecidas na cidade. Por ser de origem nipônica, ouço dizer que membros da comunidade já tentaram de todo jeito tirá-lo das ruas, pois isso denigre as origens pregadas pela colônia. Nada conseguiram. Irredutível, peregrina impassível aos olhares dos que ainda conseguem se indignar com tal cena.
Nessa época dezembrina lembra demais um personagem que invade os lares brasileiros. O outro, de roupa vermelha, impecável e provocando calafrios, pelo calor que deve emanar a acalorada vestimenta. Esse, calça amarrada com barbante, camisa rota e quase sem botões, sapatos sem cadarços e um pé de cada modelo, às vezes com algo na cabeça, num objeto que nem pode ser denominado de chapéu, mesmo nessas condições, relembra muito o personagem criado para reverenciar o comércio natalino.
Ele não circula nos lugares mais iluminados da cidade, onde o festival de luzes e cores explode num mar de beleza. Seu cenário são as calçadas e sarjetas. Ali ele reina e passa impávido diante de todos, puxando sua tralha, sua casa e pertences. Tudo o que é seu está ali, junto dele. Vai e vem, sobe e desce. Assim como ele, milhares arrastam a inconstância e as incertezas por nossas ruas, quase sem serem notados. Não consigo me engajar numa festa de presentes e comes e bebes enquanto gente assim segue sem rumo e sem perspectiva.
Em dezembro eles chamam muito mais a minha atenção. Paro o carro e enquanto as luzes piscam me mostrando outro lado, prefiro continuar dando minha atenção para esses invisíveis, os deserdados do atual mundo em que vivemos. Sem ser piegas, sem falsear na escrita, sem sentimentalismo barato, isso me toca muito mais que o festejo todo que se avizinha.
Do grande companheiro Henrique Perazzi de Aquino - RG 9.710.205-2 www.mafuadohpa.blogspot.com

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Wikileaks e a ameaça ao Imperialismo

William Waak (Globo) disse em fórum empresarial durante campanha presidencial que Dilma não é competente
Atendendo aos pedidos, segue uma breve apresentação sobre o que é o wikileaks e o porque de toda essa preocupação dos 'gigantes' em calá-lo
O que são os Wikileaks:
O mundo inteiro tem falado sobre a polêmica dos WikiLeaks. Você sabe o que é isso? Trata-se de um site onde o seu dono publica documentos confidenciais que vazaram. Lá tem milhares de documentos da embaixada dos EUA, como sobre os crimes no Afeganistão e no Iraque.
O problema é óbvio, uma vez que, conforme Renato Pompeu à Caros Amigos, comprova “a onipresença da rede de informações do Império norte-americano, a arrogância de seus diplomatas, a subserviência dos funcionários dos governos de outros países aos Estados Unidos.”
Leia a reportagem abaixo e tire as suas próprias conclusões sobre o tema! Para aqueles que insistem em negar que haja um Imperialismo Yanke, os WikiLeaks são a prova definitiva. Os bastidores do poder estão à nu.

WikiLeaks: a embaixada americana acreditou na mídia
Por Adhemar João da Silva
Sobrou até para o Willian Waak a última divulgação sobre o Brasil da Wikileaks.
Wikileaks Brasil - Natália Viana

Dilma Roussef na Saúde e na Doença
Não foi só a saúde da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que foi alvo da curiosidade do governo americano. A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, também teve detalhes do seu estado de saúde investigados pela embaixada americana em meados do ano passado, quando sofreu de câncer linfático.
Documentos publicados hoje pelo WikiLeaks também revelam que o ex-embaixador americano em Brasília, John Danilovich, relatou que ela havia planejado três assaltos quando era integrante da organização VAR-Palmares.
Dilma Rousseff nega qualquer participação em ações armadas durante o regime militar.
Ao todo, o WikiLeaks publica hoje 9 documentos que mostram como a representação americana acompanhou de perto a trajetória de Dilma e o processo eleitoral brasileiro – que, aliás, a própria Hillary Clinton classificou de “bizantino”.

Joana D´Arc
Dilma Rousseff começou a chamar a atenção da embaixada quando tomou posse como Ministra-Chefe da Casa Civil. Um relatório especial a seu respeito foi elaborado e enviado em 22 de maio de 2005. Apesar de “não classificado”, o telegrama traz uma porção de temas sensíveis e algumas gafes. Um dos títulos é, por exemplo, “Joana D’Arc da Subversão se torna Chefe da Casa Civil” – uma referência à alcunha dada pelos agentes da repressão.
O documento afirma que ela teria planejado o “legendário” roubo ao cofre do corrupto prefeito de São Paulo, Adhemar de Barros, no qual a VAR-Palmares obteve 2,5 milhões de dólares.
“Integrando vários grupos clandestinos, ela organizou três assaltos a banco e depois co-fundou o grupo guerrilheiro Vanguarda de Palmares”, diz. Dilma sempre negou qualquer participação em ações armadas.
O documento escrito pelo embaixador John Danilovich observa que ela foi presa por mais de três anos e torturada de forma “brutal” com eletrochoques.
A seguir, entra em detalhes pessoais ao estilo de uma revista de celebridades: “Ela tem uma filha, Paula, em Porto Alegre, onde passa os fins-de-semana. Gosta de filmes e música cássica. Perdeu peso recentemente após ter adotado a dieta do presidente Lula”.
O documento diz ainda que Dilma é vista como “cabeça-dura, uma negociadora difícil e detalhista” e revela que as empresas americanas tiveram receio quando ela se tornou ministra de Minas e Energia, mas “agora admitem que ela fez um trabalho competente”.

Rumo à eleição
O assessor da embaixada em Brasília, Phillip Chicola, relatou a Washington que Dilma Rousseff aumentou muito as suas chances de ser a candidata do PT depois da sessão no Senado em 7 de maio de 2009.
Dilma foi chamada para explicar o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e acabou tendo que explicar o escândalo do vazamento de informações dos cartões de crédito do governo de Fernando Henrique Cardoso.
Logo no começo, o senador do DEM José Agripino Maia perguntou como deveriam acreditar nela, já que ela havia mentido quando interrogada pelos militares.
Nas palavras de Chicola, “a performance de Rousseff perante o comitê poderia ter prejudicado ou afundado suas chances presidenciais, se tivesse ido mal”. Mas Jose Agripino Maia “mancou feio” ao fazer a pergunta.
“Rousseff respondeu que foi brutalmente torturada pelos militares e tinha orgulho de ter mentido sob tortura porque isso salvou as vidas de outros que lutavam contra a ditadura. Com essa resposta dramática e inquestionável, Rousseff permaneceu no controle durante a maior parte da sessão”, diz o telegrama.

Câncer
Em outro relatório, enviado em 20 de julho de 2009, a diplomata Lisa Kubiske comenta o aumento de Dilma nas pesquisas apontando como consequência da sua visibilidade nas obras do PAC e da sua luta contra o câncer.
“Enquanto Rousseff continuar parecendo uma lutadora que venceu o câncer, suas chances presidenciais vão aumentar”, diz ela.
O estado de saúde de Dilma já havia sido tema de um extenso relatório enviado a Washington em 19 de junho, sob o título “Quão doente está Dilma Rouseff?”.
Nele, o embaixador Clifford Sobel relata as informações coletadas em conversas sobre a saúde da futura presidente, incluindo detalhes sobre o câncer linfático do qual ela sofria.
“Seus médicos afirmam que o câncer foi diagnosticado cedo e ela tem 90% de chance de se recuperar totalmente. Ela tinha nódulos linfáticos debaixo do braço esquerdo e começou um programa de um mês de quimioterapia em abril. Em maio, foi hospitalizada emergencialmente com dores nas pernas, o que foi atribuído à interrupção abrupta de medicamentos associados à quimioterapia. Os médicos dizem que ela vai reduzir esses remédios para evitar uma recaída”, diz o telegrama.
“No começo de junho ela havia completado três sessões de quimioterapia. Em uma reunião no dia 18 com um visitante de Washington, Rouseff parecia bem, com boa cor natural e pouca maquiagem, e um assessor disse ao embaixador que Rousseff estava respondendo tão bem à quimioterapia que suas sessões deveriam ser reduzidas de seis para quatro”.
No documento, Sobel especula sobre as consequências da doença da pré-candidata. Dilma poderia estar bem mais doente do que foi revelado publicamente, o que seria pouco provável. Outra possibilidade seria a doença piorar, inviabilizando sua candidatura. Finalmente, Dilma poderia reagir bem à quimioterapia e se recuperar do câncer. O embaixador via essa possibilidade como a mais provável – foi o que acabou acontecendo.
“Alguns analistas notaram que uma ‘vitória’ sobre o câncer jogará a seu favor e impulsionará a imagem de uma lutadora e vencedora. Mas se ela parecer fraca e derrotada, os eleitores vão minguar”.
Caso de Dilma não pudesse mais ser a candidata, Sobel faz outra uma lista de cenários possiveis.
No primeiro, o candidato do PT seria Antônio Palocci ou Gilberto Carvalho. No segundo, Aécio Neves se mudaria para o PSB ou o PV e poderia ser o candiato com apoio petista. E finalmente, Sobel reproduz especulações sobre um terceiro mandato de Lula, ouvidas em especial do deputado federal PPbista George Hilton.
“A doença de Rousseff mostrou uma vulnerabilidade do PT que não existia alguns anos atrás, quando podia indicar diversos governadores e congressistas como estrelas do partido. Essas estrelas por uma razão ou por estão apagadas e o partido adotou Dilma Rousseff, a escolhida de Lula, seu maior líder, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”, conclui Sobel.

Jornalistas
A embaixada acompanhou com informes regulares a contagem regressiva para a campanha eleitoral. Em outubro de 2009, a conselheira Lisa Kubiske já arriscava palpites sobre o pleito brasileiro. Um telegrama confidencial do dia 21 alertava Washington: “fiquem ligados!’
Nele, Kubiske dizia que o resultado dependeria da capacidade de Lula de transferir sua popularidade a Dilma, “ao mesmo tempo permitindo que ela se distingua como uma figura presidencial viável”.
Kubiske aponta em diversos telegramas a “falta de carisma” de Dilma.
Em fevereiro de 2010 ela conta que Dilma encostou em Serra nas pesquisas, e descreve a opinião de diversos jornalistas consultados pela representação americana.
“Os críticos mais ferrenhos de Rousseff frequentemente enfatizam que a campanha na TV e os comícios vão matar a sua candidatura”, afirma Kubiske, citando o apresentador da Globo William Waack.
Waak teria dito que em um fórum com empresários, Aécio Neves teria se mostado “o mais carismático”, Ciro Gomes “o mais forte”, Serra “claramente competente” e Dilma “a menos coerente”.
“Outros críticos usam um argumento mais sutil, dizendo de maneira racional que o desejo do Brasil por continuidade depois de anos de progresso na verdade beneficia Serra, visto como mais provável a seguir o caminho econômico iniciado por Cardoso e seguido por Lula”, escreveu Kubiske.

Bizantino
Os relatórios enviados pela embaixada americana em Brasília sobre as eleições foram muito apreciados em Washingon. Em um telegrama de 23 de abril de 2009, Clinton agradece pelo informe “estelar” sobre o candidato do PSDB José Serra.
Em outro telegrama, datado de 24 de julho, Clinton explica que as informações sobre Dilma foram usadas em reuniões de “briefing” com o alto escalão do governo dos EUA, inclusive o secretário do Tesouro Timothy Geithner. Hillary finaliza agradecendo o assessor para assuntos políticos Dale Prince por esclarecer sobre o sistema político brasileiro, “frequentemente bizantino”.

Fonte: Blog do Nassif

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Wikileaks X Donos do Mundo

Não deu no Jornal Nacional: autora de queixa contra Assange escreveu manual de vingança sexual em blog

"Uma cidadã cubana que acusa o jornalista australiano Julian Assange, fundador do Wikileaks, de "crimes sexuais" na Suécia foi apontada como "colaboradora" da CIA e teria planejado o caso, segundo a rede de TV venezuelana TeleSur. No início do ano, ela mesma divulgou na internet um "guia para se vingar" de alguém usando denúncias de abusos sexuais.

Opera Mundi
De acordo com as informações publicadas nesta terça-feira (7/12), a cubana Anna Ardin (cujo nome real seria Ana Bernardín) teria sido uma das primeiras a denunciar Assange por "abuso sexual" à polícia, junto à amiga sueca Sophia Wilén.
A queixa, porém, seria relativa ao fato de Assange, supostamente, não ter utilizado camisinha durante as relações sexuais que teria tido com elas, enquanto Ardin dormia em sua resisidência em Estocolmo. Além disso, Ardin e Wilden denunciaram Assange por ter mantido relações sexuais com as duas na mesma semana - o que, na Suécia, é ilegal.
De acordo com a versão apresentada, no dia 11 de agosto deste ano, Assange teria ido à Suécia a convite do movimento de centro-esquerda Broderskap ("fraternidade" em sueco, ligado ao Partido Social-Democrata Cristão) para participar de um seminário. Na ocasião, segundo Ardin, ela própria ofereceu sua casa para hospedar o fundador do Wikileaks, já que ela estaria fora da cidade. Ardin, porém, voltou antes do previsto, mas mesmo assim hospedou Assange em casa. Segundo ela, em uma das noites após jantarem juntos, tiveram relações sexuais com camisinha, que chegou a rasgar.
No dia seguinte, ao final do seminário, Assange teria seduzido Sophia Wilén, com quem também teria feito sexo, na cidade de Enkoping, onde ela mora. De acordo com Wilén, ela e Assange tiveram relações duas vezes, uma com e outras sem o uso de preservativos, em razão de uma recusa do fundador do Wikileaks.

leia a matéria completa AQUI

Humildade PSDBista

PSDB precisa calçar as sandálias da humildade, afirma FHC
O partido da Social Democracia Brasileiro (PSDB), que governou o país por oito anos, vive hoje um purgatório sem fim - a julgar pelo enredo repetitivo que alimenta o projeto para o Palácio do Planalto. Seus principais personagens seguem no conflito pelo poder próprio. O futuro é incerto. A arte de perder continua.

Mesmo conquistando oito estados importantes nas últimas eleições e com a expressiva marca de 44 milhões de votos para José Serra - o último dos fundadores presidenciáveis -, os tucanos amargam, na verdade, o gosto da derrota. O PT se coloca no papel de mãe. Ao PSDB, resta o semblante do padrasto "gente fina", que nada mais tem a acrescentar - pelo menos do ponto de vista presidencial. Em uma única sentença, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso definiu o tumulto das eleições de 2010 para seu partido: "O PSDB precisa calçar as sandálias da humildade".
Alguns dos envolvidos já sumiram do mapa e não quiseram comentar o tema. Simão Jatene, que retornou ao governo do Pará, estava na África; Marconi Perillo, eleito em Goiás, em Jerusalém; Alberto Goldman, governador de São Paulo, não quis falar; diversos outros políticos de peito amarelo-bandeira saíram em revoada. Entre os quais, Geraldo Alckmin, governador eleito de São Paulo.
O PSDB perdeu para Lula, para um governo que é aprovado pela maioria dos brasileiros (afinal, a economia vai bem). Perdeu para uma estrutura na máquina do poder. E também para si mesmo. E a derrota poderia ter sido menor com a resolução das intrigas internas no partido.
Se a coerência das santidades já considerava o fracasso mesmo antes do dia do juízo final, um telefonema entre Aécio Neves e José Serra, líderes da oposição, uma semana antes de ocorrer o segundo turno, deu a síntese da ópera: "Depois das eleições, não quero olhar na sua cara!", ouviu-se de um dos lados. Mas, antes de esclarecer a fúria, cabe retornar um pouco aos acontecimentos.
No primeiro turno, a candidata Dilma Rousseff teve, em Minas Gerais 46,9% dos votos, o mesmo percentual que obteve no restante do Brasil. O candidato tucano ficou com com 30,7%, contra 32,6% no restante do pais. O estado, portanto, é considerado ferramenta- chave na equação eleitoral, já que os resultados lo- cais refletem assombrosamente o plano nacional. É a chamada "geografia do voto". E é preciso reverter os resultados no quadro marcado. E para tanto, as participações de Aécio Neves e de seu pupilo, Antônio Anastasia, governador reeleito por Minas, eram mais que necessárias.
Dias depois do final do primeiro turno, em um megaevento realizado em Belo Horizonte o ex-governador mineiro reuniu cerca de 450 prefeitos e deputados eleitos. "Vamos virar esta eleição", afirmou o secretário-geral Rodrigo de Castro, que saiu das urnas com o título de deputado federal mais votado no estado.
A pedido do ex-governador paulista, Aécio viajou ao Nordeste para ajudar na mobilização nacional. E prometeu dar a "vitória a Serra em Minas". Horas depois, no entanto, Anastasia rebateu: "Ninguém tem bola de cristal", dizendo "não poder garantir" nada. Sem o afinco do comprometimento dos mineiros, que venceram tudo dentro de casa, a derrota estava desenhada. No curso desse processo, até surgiu a denúncia de desvio de dinheiro na principal obra tucana em São Paulo, o rodoanel metropolitano Mário Covas.
Na véspera do segundo turno, em Belo Horizonte, Aécio organizou a maior carreata realizada durante toda a campanha. Na manhã típica mineira, com os termômetros na marca dos 300C, milhares de pessoas tomaram as ruas para saudar os homens da coligação "O Brasil Pode Mais". Ao lado de seu anfitrião e do professor Anastasia, Serra dava fim a uma campanha difícil. O presidente Itamar Franco - a quem o ex-governador de São Paulo declarara que "o Brasil devia muito" - fechou o retrato dos medalhões que, do alto da caçamba de uma caminhonete 4x4, acenavam para a massa. Os cerca de três quilômetros percorridos do Palácio das Mangabeiras até o centro da capital mineira, na Praça da Savassi, levaram mais de uma hora. Abraços emocionados dos caciques após a execução do Hino Nacional. Ao final dos disparos dos rojões, todos seguiram juntos para a coletiva de imprensa, na sede do governo.Na Revista Rolling Stones.

Tudo em Família...

... mas pago pelos Cofres Públicos
O governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB), anunciou o nome de mais sete secretários estaduais para a sua equipe, entre eles o de sua mulher, Fernanda Richa, para a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social. Richa já havia confirmado anteriormente o irmão, José Richa Filho, para a Secretaria de Infraestrutura e Logística. A assessoria de imprensa do governador eleito alegou que não há nepotismo na nomeação
Beto Richa também nomeou o ex-prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi (Secretaria de Estado do Planejamento)
Taniguchi, trinha rompido relações com Richa em 2004, quando o governador era então seu vice na Prefeitura de Curitiba.Agora, ele alega que, "Aquelas brigas são coisas do passado".

Corrupto
Taniguchi ganhou notoriedade nacional quando assumiu cargo no governo do Distrito Federal a convite do então governador José Roberto Arruda (DEM) – cassado e preso pela acusação de coordenar um “mensalão”.
- O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou por crime de responsabilidade o deputado Cássio Taniguchi (DEM-PR).
Taniguchi foi acusado de desviar dinheiro de um convênio firmado entre a administração de Curitiba e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) quando ele era prefeito.
Em 1997, Taniguchi ordenou o uso de R$ 3,8 milhões em recursos repassados pelo BID para pagar um precatório - que, no total, custou R$ 4,4 milhões aos cofres do estado - a um amigo, Luís Gastão de Carvalho. O dinheiro estava previamente destinado ao aperfeiçoamento da malha viária de Curitiba. Segundo a denúncia do Ministério Público, o caso é ainda mais grave porque o pagamento da dívida foi feito sem respeitar a ordem cronológica - ou seja, outras pessoas com precatórios a receber foram prejudicadas.

Boquinha até para a Folha?
Outro secretário é Paulino Viapiana, que assume a Secretaria Estadual de Cultura. Viapiana foi diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, secretário de redação do jornal Folha de S. Paulo, diretor de Comunicação e Relações Institucionais na TIM Celular Sul, coordenador de Marketing na Secretaria de Estado da Comunicação Social e assessor de Comunicação e Marketing da Telepar. É presidente da Fundação Cultural de Curitiba.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Lula Responde

Sistema carcerário, doação de medula óssea e aposentadoria para donas-de-casa
A coluna O Presidente Responde desta terça-feira (7/12) traz questões enviadas por leitores de Goiás, Piauí e Espírito Santo sobre investimentos no sistema carcerário brasileiro, as dificuldades de se encontrar um doador de medula óssea no Brasil e benefícios previdenciários para donas-de-casa de baixa renda.
A pergunta sobre o sistema carcerário foi feita pelo estudante Rodrigo Gomes da Paixão, de Goiânia (GO): “Quais são as medidas do seu governo para o sistema carcerário, que se mostra cada vez mais ineficaz? De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional, hoje são gastos R$ 600 milhões por mês com os presos. Esse gasto não seria suficiente para lhes dar um tratamento minimamente digno?”
O presidente Lula informou que praticamente todos os presídios do País são de responsabilidade dos estados e que, mesmo assim, o governo federal financia e apoia a modernização dessas unidades por meio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Entre 2003 e 2009, o Depen repassou R$ 1,2 bilhão para serem aplicados em construção, reforma e ampliação de estabelecimentos penais nos estados, com objetivo de acabar com a superlotação das unidades.
O Departamento também financia equipamentos de segurança, ações relacionadas a penas e medidas alternativas e reintegração social. A União é responsável direta apenas pelas penitenciárias de segurança máxima, localizadas em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Mossoró (RN). A finalidade dessas unidades é afastar dos presídios estaduais os principais líderes de facções que comandavam rebeliões dentro dos presídios e que continuavam articulando a prática de ações criminosas dentro e fora dos presídios. Essas transferências contribuem também para reduzir os problemas e para desafogar os presídios estaduais. A construção da quinta Penitenciária Federal, em Brasília, será iniciada no próximo ano.
A leitora Neuma Café, diretora do Hemopi em Teresina (PI), pergunta quando o seu estado terá um banco de sangue de cordão umbilical e placentário para facilitar a localização de doadores de medula óssea, ao que o presidente responde que para atender a toda a população, não é preciso implantar tais unidades em todas as cidades do País, “nem mesmo em todas as capitais”.
No Nordeste, já existem duas unidades em funcionamento, em Recife e Fortaleza, e mais duas planejadas, para São Luís e Salvador. As quatro unidades são suficientes para atender toda a Região, incluindo o Piauí. A escolha dessas cidades se deu por terem as populações mais miscigenadas, o que permite obter características genéticas mais variadas. Temos também incentivado o aumento de doadores de medula óssea. Resultado: em 2000, apenas 10% dos transplantes eram realizados com doadores nacionais, e hoje, esse índice subiu para 64%. No mesmo período, o número de inscritos como doadores de medula óssea saltou de 12 mil para 1,8 milhão. Em junho, com a inauguração de uma unidade em Belém (PA), todas as regiões do Brasil passaram a contar com esses bancos, que formam a Rede de Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical (Rede BrasilCord), criada em 2004.
Já a leitora Nilza Rocha, dona de casa de Viana (ES), diz que é casada há 41 anos, tem cinco filhos e nunca trabalhou fora de casa – e por conta disso, nunca pagou INSS. “Gostaria de saber se não existe a possibilidade de remuneração para pessoas na minha situação, até para a compra de remédios”, perguntou ela. Em sua resposta, Lula afirmou que a regulamentação da Emenda Constitucional nº 47, de 2006, “já proporciona os benefícios previdenciários a donas de casa de baixa renda, atráves de contribuiçòes de 11% do salário minimo”.
As donas de casa adquirem o direito a salário-maternidade depois de dez meses de contribuição, direito a auxílio-doença e aposentadoria por invalidez depois de doze meses, e direito à aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo, depois de 180 contribuições. Entretanto, mesmo quem nunca contribuiu pode ter direito ao Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (BPC-LOAS). Este benefício, que é de um salário mínimo mensal, é para quem tenha mais de 65 anos de idade e para pessoas com deficiência. Os idosos precisam comprovar que não recebem nenhum benefício previdenciário, ou de outro regime de previdência, e que a renda mensal familiar por pessoa é inferior a ¼ do salário mínimo.
fonte: http://blog.planalto.gov.br

domingo, 5 de dezembro de 2010

América Latina contra as Drogas

Bolívia anuncia reunião com Brasil e Peru para coordenar luta antidrogas
O ministro do Interior boliviano, Sacha Llorenti, anunciou que se reunirá em breve com autoridades do Brasil e do Peru para coordenar ações contra o tráfico de drogas e o crime organizado, informou neste domingo (5/12) a agência de notícias boliviana ABI.
"Surgiu a iniciativa de realizar uma reunião trilateral entre os ministros da Justiça do Brasil e do Interior do Peru e da Bolívia para coordenar uma luta conjunta contra as atividades ilícitas", declarou Llorenti.
A proposta foi feita durante uma recente visita do titular do Interior boliviano ao Brasil, onde se reuniu com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e outras autoridades.
A data da reunião ainda não foi fixada, mas Llorenti espera que seja realizada o mais rápido possível, devido ao fato de que traficantes peruanos, segundo disse, utilizam a Bolívia como país de passagem para enviar droga ao Brasil.
"É importante que se consolide esse encontro trilateral para coordenar ações em matéria de combate ao narcotráfico e melhorar a troca de informação entre as forças antidrogas dos três países", concluiu.
As autoridades bolivianas anunciaram na semana passada o reforço da fiscalização na fronteira com o Brasil para evitar a entrada de traficantes após as operações que foram realizadas nas favelas do Rio de Janeiro.
Em 2010, a polícia boliviana prendeu 355 estrangeiros por tráfico de drogas, sendo 120 colombianos, 83 peruanos e 57 brasileiros.
fonte: Opera Mundi

Lula aplaudido por chefes Íbero-Americanos

Lula é aplaudido de pé por chefes de estados íbero-americanos
Durante a 20ª Cúpula Ibero-Americana, realizada na cidade argentina de Mar de Plata, ao ser homenageado pela anfitriã do encontro - a presidente Cristina Kirchner - o presidente Lula foi aplaudido de pé pelos outros líderes, como o rei da Espanha, Juan Carlos, e os presidentes do Peru, Alan García, e do Equador, Rafael Correa.
Foi sua despedida das reuniões internacionais, e o presidente improvisou em seu discurso e se emocionou:
“Não sou bom de despedidas, mas construí com vocês uma coisa nova na América Latina. Já não somos tratados como menores. Não vemos mais as pessoas brigarem por um trabalhador sem diploma universitário ter sido eleito no Brasil. Já não vemos mais brigas porque um índio foi eleito na Bolívia....
... Eu sou um político latino-americano, não vou deixar a política. Vou ter mais tempo para viajar, quero discutir política e os partidos”, afirmou Lula, com olhos marejados.
“Me esperem”, completou, ao dizer que vai continuar viajando pela América Latina.
Lula afirmou ainda que as mulheres também passaram a ocupar, nos últimos tempos, maior espaço no mundo da política, numa referencia à presidente argentina e a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff.
“Os homens que se cuidem porque as mulheres estão ocupando cada vez mais espaços. Logo, logo, os homens serão minoria aqui nessa mesa.”

Torturador
“Dilma é uma mulher que foi militante de esquerda, que foi acusada de guerrilheira, que ficou presa três anos e meio e foi torturada. O que me dá orgulho é saber que agora o torturador dela, se estiver vivo, estará sofrendo mais do que ela, sem que ela tenha feito nada para ele sofrer. É apenas o remorso de quem torturou uma jovem que queria democracia no Brasil”, afirmou o presidente.
No discurso, improvisado, Lula afirmou que a democracia na região está consolidada, mas é preciso estar alertas para que sejam evitadas crises como a que o Equador viveu recentemente.
Na ocasião, o presidente Rafael Correa disse ter sido alvo de uma tentativa de golpe liderada por policiais.
“Em 2005 eu fui vitima da mais sórdida campanha. O objetivo era enfraquecer o governo, para provar que um trabalhador não podia governar”, afirmou.
Ao falar sobre o ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner (que morreu em outubro), Lula disse que “o corpo vai, mas as idéias ficam”.
Lula disse que o Brasil vai continuar no mesmo caminho da política externa de maior integração com os países da América Latina. E agradeceu “do fundo do coração a todos os companheiros e companheiras” porque aprendeu muito.
Na homenagem a Lula, Cristina disse que ele “nunca deixará a política” e que ele é um homem de convicções. Cristina lhe entregou uma réplica em ferro de uma foto de Lula e de Kirchner abraçados.
fonte: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com, (Com informações da BBC Brasil)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

WIKILEAKS, censura na Rede

Lieberman introduz uma legislação anti-WikiLeaks
Amazon cria polêmica ao expulsar WikiLeaks de seus servidores
Ativistas, jornalistas e blogueiros advertiram nesta quinta-feira, 2, que a decisão da Amazon de expulsar o WikiLeaks de seus servidores coloca em perigo a liberdade na Rede e pediram para a empresa americana explicar se sucumbiu a pressões políticas.
A Amazon deixou de hospedar o WikiLeaks após receber pedidos do Comitê de Segurança e Assuntos Governamentais do Senado dos EUA, presidido por Joe Lieberman, o que fez com que o site ficasse fora de serviço na maior parte do dia antes de retornar a seu provedor sueco Bahnhof.
A página do WikiLeaks foi vítima de ataques sistemáticos desde que no domingo, 28, começou
a divulgar documentos diplomáticos confidenciais americanos, que deixaram a política externa do país em péssima situação.
A organização pediu nesta quinta-feira a seus seguidores no Facebook que boicotem a Amazon mediante uma foto na rede social do senador Lieberman: "Boicotem a Amazon por ajudar Liberman a censurar o WikiLeaks", diz um texto sobre a fotografia. O senador Joseph Lieberman e outros legisladores apresentaram, também na quinta-feira uma lei que torna crime federal para qualquer um publicar o nome de uma fonte de inteligência dos EUA, em um golpe direto no site WikiLeaks. "A divulgação recente pelo Wikileaks de milhares de links do Departamento de Estado
e de outros documentos é apenas o mais recente exemplo de como os interesses de segurança nacional, os interesses de nossos aliados, e à segurança dos funcionários do governo e inúmeras outras pessoas são postas de lado pela causa da liberação ilegal de informações classificadas e sensíveis ", disse Lieberman em um comunicado por escrito. "Esta legislação vai ajudar a fazer dessas pessoas criminalmente responsáveis, que põem em perigo as fontes de informações que são vitais para proteger nossos interesses de segurança nacional", continuou ele.
A chamada Lei da SHIELD (Protegendo a Inteligência Humana e Cumprimento Legal Divulgação) iria alterar uma seção da Lei de Espionagem , que já proíbe a publicação de informações classificadas da criptografia de segredos de inteligência dos EUA ou de comunicação no exterior - isto é, das escutas telefonicas. O projeto de lei estende a proibição de informações sobre a 'HUMINT' - a inteligência humana - que torna crime a publicação de informações "sobre a identidade de uma fonte de classificados ou informante de um elemento da comunidade de inteligência dos Estados Unidos", ou "sobre a inteligência humana a cerca de atividades dos Estados Unidos ou em qualquer governo estrangeiro "se essa publicação é prejudicial aos interesses dos EUA. Vazamento de tais informações em primeiro lugar já é um crime, portanto, a medida visa diretamente para as editoras.
Lieberman ataca o WikiLeaks com uma fúria descomunal, pressionando a Amazon e fazendo as ameaças tornarem-se uma linha a mais na lista negra da organização, na sequência dos vazamentos desta semana.
Lieberman estende esta solução proposta para o WikiLeaks que pode ter implicações para os jornalistas informarem sobre algumas das práticas mais repugnantes da comunidade de inteligência. Por exemplo, o ex-ditador panamenho Manuel Noriega foi um trunfo da CIA paga. Ser informante agora será um crime?
Uma coisa que o projeto não vai fazer é colocar o WikiLeaks, ou o fundador Julian Assange, em perigo sob um novo regime jurídico sobre o "Cablegate" - a liberação de um banco de dados sobre a guerra do Afeganistão, ou a organização de outras recentes vazamentos de alto escalão. Isso porque a Constituição impõe a proibição total de post passados sobre os fatos das leis penais.
O WikiLeaks começou a ganhar visibilidade em relação às fontes de inteligência dos EUA quando publicou um registro detalhado e principalmente de classificados de 77.000 eventos na guerra liderada pelos EUA no Afeganistão em julho passado. Embora tenha tomado algumas medidas para manter sigilo sobre os nomes dos informantes, alguns dos registros publicados no entanto continha os nomes dos informantes afegãs, a quem o Pentágono e várias ONGs têm dito fazem represália potencialmente mortal do Taleban. Meses depois, porém, houve denúncias não confirmadas de que ninguém vinha a ser prejudicado por este vazamento. O WikiLeaks foi mais cauteloso com a entrada de 400.000 registros da guerra do Iraque publicados em outubro, usando um script automatizado para reter nomes do banco de dados. E com o quarto de milhão de links do Departamento de Estado, o WikiLeaks libera cerca de 80 documentos por vez, e, aparentemente, purga manualmente os nomes das fontes dos EUA. Mas nesta quinta-feira um político alemão admitiu que ele tinha passado informações confidenciais a diplomatas dos EUA , depois de um link WikiLeaks o descrevendo e colocando sob ameaça a identidade anônima deste informante, o que desencadeou uma caça de sua identidade.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Indústria Brasileira cresce novamente

Nível de atividade da indústria no Brasil se expandiu no mês de outubro
No meio de uma nova crise das grandes economias, o Brasil vem demonstrando força no setor industrial, mesmo após decréscimo de 0,4% registrado entre agosto e setembro (dado revisado), o nível de atividade na indústria registrou aumento em outubro. A atividade paulista no mês, com o Indicador do Nível de Atividade (INA), elaborado pela Fiesp/Ciesp e divulgado nesta terça-feira (30), avançou 0,5% na comparação com setembro (séries com ajuste sazonal).
Entre as variáveis que compõem o índice, o total de salários reais e a média dos salários reais (com crescimento de 2,5% e 2,4%, respectivamente) puxaram para cima o resultado do INA de outubro. Por outro lado, o total de vendas reais (-0,5%) foi a única variável computada pelo índice que registrou recuo mensal.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da indústria paulista, por sua vez, fechou outubro em 82,8%, expansão ante o valor de 82,2% apurado em setembro e o nível de 81,3% contabilizado em outubro de 2009.
Na série sem ajuste sazonal, o INA permaneceu praticamente estável em relação a setembro (recuo de 0,1%). Mesmo assim, o período de janeiro a outubro acumula alta de 11,0% sobre o mesmo período do ano passado. A Fiesp/Ciesp acredita que o INA encerrará 2010 com um crescimento próximo a 10,0%.

Expectativa
A pesquisa Sensor, que aponta a perspectiva dos empresários em relação ao cenário econômico do mês corrente, mostra que a atividade paulista persiste em processo de crescimento, porém com menor ímpeto.
O Sensor geral passou de 52,6 para 51,4 pontos na passagem de outubro para novembro. Os itens mercado e vendas sofreram queda no período (ao passarem de 52,1 para 46,7 pontos e de 51,8 para 48,3 pontos, respectivamente).
Os demais itens que compõem o Sensor Geral ficaram estáveis no período em análise, mas em níveis positivos (acima de 50,0 pontos). Exceção feita aos estoques (que fecharam em 45,0 pontos) cuja metodologia explicita que valores abaixo de 50,0 pontos significam nível abaixo do planejado.

Governo Federal anuncia prorrogação da redução do IPI sobre setor de materiais de construção
O Governo Federal confirmou nesta segunda-feira (29) a prorrogação da redução do IPI para materiais de construção até o fim de 2011. O anúncio foi feito pelo Ministro da Fazenda Guido Mantega, na sede da Fiesp/Ciesp, em almoço com empresários do setor.
Assim, estende-se por mais um ano a medida, que orginalmente teria validade até o dia 31 de dezembro de 2010. Com essa prorrogação, os setores relacionados à construção civil projetam continuidade no crescimento de suas vendas em 2011, já que, de acordo com a Abramat (Associação Brasileira de Materiais de Construção) crescerão 19,78% em 2010.
A própria Associação considera que a redução do IPI e a expansão do crédito imobiliário foram fundamentais para tal expansão, que colabora com o forte crescimento do emprego em todo o setor de construção, concomitantemente com aumento do PIB no setor.

Expectativas em queda reduzem a confiança da indústria em 1,1%
Foi divulgada nesta terça-feira (30) pela FGV a Sondagem Industrial relativa a novembro de 2010. O documento mostrou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou de 114,0 pontos em outubro para 112,7 pontos neste mês (série com ajuste sazonal), o que representa um declínio de 1,1%. Porém, na comparação anual, o ICI continua em terreno positivo, ao registrar crescimento de 2,9%, ainda que em um patamar inferior à variação de 6,3% contabilizada em outubro.
O ICI é composto por dois indicadores e ambos declinaram na passagem de outubro para novembro. O Índice de Situação Atual (ISA) apresentou recuo de 0,3% no período (de 115,1 para 114,7 pontos), mas o destaque negativo ficou por conta da queda de 1,9% no Índice de Expectativas (IE), que passou de 112,9 pontos há um mês para 110,7 agora.
A pesquisa ainda mostrou que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da indústria nacional no mês de novembro foi de 84,5% na série com ajuste sazonal. O resultado é 0,3 ponto percentual superior aos 84,2% de outubro e 1,6 ponto percentual superior aos 82,9% de novembro de 2009.
Vale notar que, de acordo com a metodologia da pesquisa, o patamar de 100 pontos indica o equilíbrio, enquanto valores acima representam otimismo e valores inferiores refletem pessimismo.

Inadimplência das empresas recua 3,4% em um mês
De acordo com divulgação da Serasa Experian desta terça-feira (30), o Indicador de Inadimplência das Empresas recuou 3,4% na passagem de setembro a outubro de 2010. Esta foi a maior queda mensal desde o início da série, em 2000. O resultado do acumulado do ano até outubro indicou melhora da inadimplência em 6,2%.
Na decomposição do índice, a inadimplência com os bancos se reduziu 2,5% entre outubro e o mês anterior. Os títulos protestados recuaram 4,7% e, os cheques sem fundo, 2,5%.
Na abertura por porte, as grandes empresas foram o destaque, com recuo de 13,6% na inadimplência mensal, enquanto as médias apresentaram recuo de 3,4% e, as pequenas, de 3,1%.

Economia Brasileira
fonte: Macro Visão Fiesp/Ciesp - SP, 02/12/2010